Familiares, amigos e muitos admiradores de Aretha Franklin lotaram o Templo Greatar Grace, em Detroit, para celebrar a vida, legado e música da ‘Rainha do Soul’ nesta sexta-feira, 31 de agosto. A cerimónia contou com momentos de pesar, risos, músicas gospel e ritmos cheios de soul em homenagem à primeira mulher a entrar para o Rock & Roll Hall of Fame, que ganhou 18 Grammys, entre muitas outras distinções, numa carreira de seis décadas.
Cantores convidados, incluindo Ariana Grande, Faith Hill, Chaka Khan, Jennifer Hudson e Stevie Wonder, interpretaram alguns dos maiores êxitos de Franklin como, por exemplo, “(You Make Me Feel Like) A Natural Woman,” “I’m Going Up Yonder,” “Take My Hand, Precious Lord” e “Amazing Grace.” Wonder fez a última atuação antes de a família da artista sair da igreja. “Se não fosse pela bondade e grandiosidade de Deus, nunca teríamos conhecido a Rainha do Soul,” disse.
Os tributos e discursos de líderes religiosos e políticos sublinharam a influência de uma mulher que estava na linha da frente do movimento pelos direitos civis na América, com a sua música como hino. Os Reverendos Al Sharpton e Jesse Jackson, e o antigo procurador-geral dos Estados Unidos Eric Holder estavam entre aqueles que lhe prestaram homenagem com as suas palavras. Já o antigo presidente norte-americano Bill Clinton recordou a última vez em que viu Aretha. “[Ela disse-me] como vais, querido?”
Contudo, a cerimónia não contou apenas com a participação de celebridades. Por exemplo, um antigo vizinho de Franklin, Ron Moten, contou a história de como a amiga deu um concerto no lar de idosos em que a mãe deste vivia para assinalar o 90º. aniversário da mulher. Os fãs, espalhados um pouco por todo o mundo, também seguiram o funeral durante mais de seis horas, usando o hashtag #ArethaHomegoing. “Ela deu-nos orgulho. E ela deu-nos uma fasquia régia para atingit, e é por isso que estamos todos aqui,” disse o Reverendo Al Sharpton na sua intervenção. “Podemos não concordar em tudo, mas concordamos na Aretha.”