Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de despedir-se pessoalmente da pastelaria Suíça na noite de sexta-feira, 31 de agosto, data que assinala o seu encerramento em Lisboa. “Durante décadas almocei aqui, jantei aqui, desde miúdo com a minha família. Quando passava de ano vinha aqui almoçar ou jantar e muitas vezes ficava para cear,” disse numa reportagem da TVI. O Presidente, que foi jantar ao emblemático espaço da capital, aproveitou para prestar homenagem ao seu pai, Baltasar Rebelo de Sousa, que morreu no estabelecimento no primeiro dia de dezembro de 2002. “Nesta mesa morreu o meu pai, neste mesmo lugar onde estou a comer, há 16 anos”, sublinhou.
Marcelo considerou que “é uma grande pena” o encerramento da pastelaria da qual foi “um cliente habitual”. O presidente admitiu que o progresso e a mudança têm custos “urbanísticos e humanos” mas “é importante guardar memória dos bons momentos aqui passados”.
O Chefe de Estado explicou que não podia deixar de “matar saudades de décadas, nos anos 50, 60 e 70,” em que foi um cliente habitual e lamentou o fecho de portas. “O progresso e a mudança têm custos, urbanísticos e humanos, para os que trabalham aqui há muito tempo e para os clientes que vêm aqui há muito tempo. É bom guardar memória dos momentos aqui passados na pastelaria Suíça. Só percebi hoje que a Suíça fechava. Vou guardar o maior número de recordações,” concluiu.
De recordar que o grande quarteirão onde está instalada a famosa pastelaria Suíça, a funcionar no Rossio desde 1922, foi vendida ao fundo de investimento Mabel Capital, que tem o tenista Rafael Nadal como um dos seus investidores. Os quatro imóveis, com vista para as principais praças de Lisboa (a do Rossio e a da Figueira), foram vendidos ao preço de cinco mil euros por metro quadrado, o que dá um total de 62 milhões de euros.