Na 12.ª edição do Lisbon & Sintra Film Festival (Leffest), Paulo Branco volta a trazer a Portugal nomes maiores do cinema internacional. “Espero que o público goste e que partilhe o nosso entusiasmo. Um dos princípios deste festival é mostrar o cinema na sua diversidade. Mostramos os grandes realizadores e trazemos pessoas que admiramos. Estou muito orgulhoso”, revelou o produtor e diretor deste certame à CARAS.
O realizador brasileiro Walter Salles e o cineasta e argumentista francês Jacques Audiard foram alguns dos convidados que estiveram na gala de abertura deste festival, que decorreu no Palácio Nacional de Queluz. Momentos antes de ser servido o jantar na emblemática Sala do Trono e de ser distinguido perante uma plateia repleta de colegas e amigos, Walter Salles partilhou a alegria que sentia por poder regressar a terras lusas: “É um prazer voltar a Portugal. Um dos primeiros filmes que fiz, Terra Estrangeira, foi rodado em Lisboa, em 1994, e acabou por ser um filme que me abriu as portas para Central do Brasil e Diários de Motocicleta. Por isso volto com muito carinho, ainda mais para este festival do Paulo Branco, que produziu tantos filmes que me levaram ao cinema. Estar aqui é uma forma de dizer obrigado e de celebrar o cinema.”
Se as estrelas internacionais merecem um lugar de destaque neste festival, as nacionais também são valorizadas. Tal como o realizador brasileiro, também João Botelho foi distinguido pela sua carreira ímpar. “Ainda estou a começar, falta-me fazer muita coisa, mas as homenagens são boas, porque assim posso ver os meus filmes todos e ter uma nova leitura do meu trabalho. Vejo os meus filmes e fico sempre com a sensação de que não são meus. Aprendo sempre e reconheço os erros e as virtudes. O cinema só existe em Portugal com apoios do Estado e sinto que tenho de fazer serviço público. Por isso decidi fazer grandes textos da literatura portuguesa, que interessa afirmar. É algo que faço contra o esquecimento”, partilhou o realizador, que se prepara para gravar O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago.
Quem também não faltou a esta festa da Sétima Arte foi a ministra da Cultura, Graça Fonseca. “Este festival tem permitido afirmar vários dos nossos realizadores e aquilo que é o nosso cinema. A cultura portuguesa está cada vez mais no roteiro internacional, Portugal afirma-se como uma potência cultural. A internacionalização dos nossos criadores é uma forma extraordinária de afirmação do país. Temos uma oferta cultural muito diversificada e rica”, salientou.
Estrelas da Sétima Arte homenageadas em jantar no Palácio Nacional de Queluz
O realizador brasileiro Walter Salles e o cineasta português João Botelho foram homenageados na gala de abertura da 12.ª edição do Lisbon & Sintra Film Festival, que decorreu no Palácio Nacional de Queluz.