Mãe biológica de Matthew, Sascha, Fletcher e Ronan, e adotiva de Soon-Yi Previn, Lark Song, Summer Song, Moses Amadeus, Dylan O’Sullivan, Tam, Isaiah Justus, Quincy, Frankie-Minh e Thaddeus Wilk, Mia Farrow é acusada de ter colocado os filhos em situações desumanas, sendo que três das crianças adotadas chegaram a morrer de forma trágica.
A má relação com a mãe adotiva foi discutida publicamente por Soon-Yi – que se veio a casar com aquele que foi o companheiro de Farrow por doze anos, Woody Allen – e por Moses. Ambos afirmaram que a atriz os maltratava. Tam, Lark e Thaddeus foram as três crianças a falecer, todas em condições conhecidas por poucos.
Tam era cega e viveu com depressão grande parte da sua vida, condição em que, alegadamente, a mãe adotiva não acreditava e negligenciava. Adotada em 1992, morreu em 2000. Na altura, uma representante de Farrow garantiu que o motivo teria sido um problema cardíaco, mas Moses tem uma versão diferente dos factos. No seu blog, A SON SPEAKS OUT By Moses Farrow, disse que a irmã se suicidou com uma grande dose de comprimidos, após uma discussão com a mãe.
Também Moses se pronunciou acerca da morte de Thaddeus, em 2016. “Há dois anos, também ele se suicidou, com um tiro, dentro do carro, a menos de dez minutos da casa da minha mãe“, escreveu, acrescentando outras acusações graves. “Dói-me recordar aqueles casos em que alguns dos meus irmãos, cegos ou com deficiências físicas, eram fechados num quarto ou num armário. Inclusivamente, [Mia Farrow] deixou o meu irmão Thaddeus, paraplégico pela poliomielite, num telheiro ao ar livre por uma noite, como castigo por algo sem importância“.
Entre as duas mortes, morreu também Lark, que tinha sido adotada em 1973. Era muito próxima de Soon-Yi, que chegou a garantir, numa entrevista, que ambas eram tratadas como criadas a tempo inteiro. A primeira acabou por se tornar independente cedo, mas um envolvimento no mundo das drogas e o facto de ter contraído o vírus HIV (SIDA), fez com que perdesse a vida em 2008, no dia de Natal, pouco tempo depois de ter tido o segundo filho. “A minha irmã Lark foi outra desgraça. Iniciou um caminho de autodestruição, que a levou a ter problemas de vício e a morrer na pobreza aos 35 anos. Para todos nós, viver com a minha mãe era um pesadelo se não fazíamos exatamente o que nos mandavam“, concluiu Moses.