
Ricardo Santos
Sofia Gião sempre gostou de comunicação e chegou a concluir o curso de Relações Públicas com o objetivo de seguir essa área, mas a morte prematura e inesperada do pai, o piloto de ralis Manuel Lopes Gião, acabou por baralhar um pouco os seus planos. Na altura com 18 anos, Sofia optou por ajudar a mãe a impulsionar a empresa que acabara de formar, tendo ficado responsável pela área comercial da mesma durante 15 anos. Mais tarde, seguiu o seu caminho numa empresa de organização de eventos e só aos 40 anos é que decidiu arriscar e dar a conhecer o seu lado mais divertido e arrojado, o de DJ. Com o total apoio do marido, o médico especialista em radiodiagnóstico Fernando Torrinha, da filha, Sofia, de 21 anos, assim como da mãe e do irmão, o piloto Manuel Gião, Sofia tem, desde então, animado festas um pouco por todo o país, durante as quais “veste” personagens irreverentes, mas sempre elegantes e femininas, que acabam por ser a sua imagem de marca.
– O facto de ter perdido o seu pai aos 18 anos transformou-a enquanto pessoa? Sentiu que foi obrigada a crescer mais depressa?
Sofia Gião – Sim, mas, por outro lado, estreitou muito a nossa relação, minha e do meu irmão, com a minha mãe. Sempre fomos unidos, mas desde então desenvolvemos um instinto de proteção muito forte entre todos.
– É um ato de coragem deixar uma carreira segura para se tornar DJ?
– Foi, de certa forma, um ato de coragem, porque é uma mudança de vida e todas as mudanças de vida exigem coragem da nossa parte. Por outro lado, a motivação e o entusiasmo eram muito fortes. Nunca pensei que iria fazer disto a minha profissão, mas as coisas foram acontecendo e houve uma altura em que tive mesmo de tomar uma decisão: ou continuava com a minha profissão na área dos eventos ou tornava-me DJ.
– A música é uma porta aberta para um sorriso?
– Sem dúvida, sim. Acho que a música tem a capacidade de transmitir emoções, experiências. A forma como passas a música, a tua atitude, a tua forma de estar em palco, também ajudam a passar essa energia.