Quando era apenas uma criança e brincava nas ruas do Cartaxo, Filipa Nascimento já alimentava a vontade de ser atriz. Porém, a moda surgiu primeiro, aos 14 anos, e ao longo de nove anos conquistou marcas internacionais. Ainda assim, nunca desistiu de perseguir o seu sonho, que chegou aos 22 anos, com a telenovela da SIC Vidas Opostas. “Não quantifico tudo o que já fiz. Quero muito mais, mas quero subir um passo de cada vez, para saborear devagarinho. Se não, olho para trás e percebo que tudo passou a correr. É muito importante viver o momento. Sou feliz com o que tenho, feliz com o que já me aconteceu, mas não me deslumbro com o que já conquistei”, partilhou Filipa, que se deu a conhecer à CARAS numa conversa intimista.
– O que sonhava ser quando era criança?
– Atriz. Fiz por me encaminhar para esse meio, mas os meus pais acharam que era apenas um capricho. Mas quando cheguei à faculdade percebi que queria mesmo isso e consegui seguir o meu sonho. E tem sido maravilhoso. Estar ao lado de pessoas que sempre admirei e que via na televisão enquanto crescia é extraordinário. Gosto muito do que faço.
– Ser atriz obrigou-a a…
– Ser mais paciente. E fez-me descobrir um bocadinho mais sobre mim. Ao fazer a minha personagem, tenho necessariamente de explorar alguns espaços da minha pessoa que não conhecia.
– Como, por exemplo?
– Apesar de não me identificar assim tanto com a minha personagem, aprendi que há sempre algo que posso ir buscar e que me faz perceber porque é que aquela pessoa é assim. Com a idade que tenho, talvez não tivesse conseguido chegar a esses pequeninos detalhes sobre as pessoas se não tivesse feito esta novela.
– Sente que podem ser ferramentas que a ajudem a ser melhor pessoa?
– Completamente. Sempre fui muito observadora e ao fazer a novela tornei-me ainda mais. E perceber pequenas coisas a que, se calhar, nem damos muita importância, ou que até nos passam ao lado, pode fazer toda a diferença no trato com os outros.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1222 da revista CARAS.
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