Ouvir Sofia Hoffmann falar é encontrar serenidade, calor e gratidão. Ouvi-la cantar é receber a energia, a intensidade e a força de uma mulher que não tem medo de encarar os sonhos de frente. Apesar de ser bióloga marinha de formação e de ter construído uma carreira como gestora de negócios, a música e a vontade de cantar e de tocar os outros através da sua voz sempre estiveram presentes. Por isso, aos 39 anos decidiu dar um salto de fé e produzir o seu primeiro álbum de originais de sua autoria, que será lançado este ano e que pretende que seja o primeiro de muitos passos numa vida dedicada à música.
Foi precisamente sobre esta paixão que falou com a CARAS, num espaço especial para si, e onde costuma cantar, o Bela Vista Hotel & Spa, em Portimão. E sendo Sofia uma mulher de lugares e de pessoas, quis também integrar o talento e a amizade que a une a Filipe Faísca ao usar as suas criações nestas fotos. “É um designer com um nível de excelência extremamente elevado e é também uma pessoa muito especial. E tenho a sorte e o privilégio de ter o Filipe a vestir-me nos meus principais concertos”, sublinha.
– Como e quando é que a música começou a ganhar uma dimensão significativa na sua vida?
Sofia Hoffmann – A música sempre teve uma dimensão muito grande na minha vida, ainda que não tenha tido consciência total disso mesmo. Mas sempre fui exposta à música, pelos meus pais, pela minha família, e comecei a trabalhar nela de forma muito descomprometida no liceu, onde tive uma banda. No entanto, nos últimos três, quatro anos percebi que havia uma necessidade de trabalhar a música de maneira mais profissional. E penso que tenha sido no ano passado que tomei consciência de que ela deve assumir um papel ainda mais importante.
– Essa consciencialização exigiu força para tornar tudo real?
– Força, muito trabalho, dedicação e também alguma coragem. O mundo da música não é fácil, é altamente competitivo, não só em Portugal mas também lá fora. Embora seja muito bom haver diversidade, é bom também haver escolha e formas diferentes de trabalhar a música. Mas foi preciso mais coragem do que força, porque quando queremos concretizar um sonho a força vem automaticamente, a coragem nem sempre.
– O que é que cantar significa para si?
– Começa por ser uma partilha de nós próprios com quem nos escuta. Quando cantamos, passamos uma mensagem, uma forma de estar na vida, uma situação, estamos a partilhar emoções. Portanto, cantar, para mim, acaba por ser uma necessidade, preciso de cantar para ser feliz. E acho que é também uma missão. Se conseguir proporcionar um momento feliz às pessoas que me escutam, isso acaba por ser a minha felicidade também.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1223 da revista CARAS.
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