
Luis Coelho
Aos 35 anos, Maria Cerqueira Gomes assumiu talvez o maior desafio da sua carreira profissional ao aceitar substituir Cristina Ferreira na apresentação do programa Você na TV! ao lado de Manuel Luís Goucha. Uma decisão muito ponderada, para a qual terá contado com o apoio incondicional da família, já que ao assumir as manhãs da TVI teve que deixar para trás a sua casa, no Porto, o marido, o empresário António Miguel Cardoso, e os dois filhos, Francisca, de 15 anos, fruto do seu anterior casamento, e João, de 17 meses.
Com 12 anos de experiência no Porto Canal, a apresentadora confessa, contudo, que não tem sido fácil confrontar-se com as histórias que têm sido publicadas na imprensa. “A televisão generalista traz-nos este lado mais difícil, que é o das histórias que se criam”, desabafou a ex-manequim durante a entrevista que deu à CARAS a propósito da mudança para um tom de cabelo mais “bronzeado” pelas mãos de especialistas da L’Oréal.
– Apesar de já estar habituada aos bastidores e aos diretos televisivos, acredito que a mudança para a TVI seja a descoberta de todo um novo mundo…
Maria Cerqueira Gomes – Este primeiro mês tem sido muito intenso, pela mudança de cidade – nunca vivi fora do Porto –, pela mudança de equipa, com quem tive de aprender a trabalhar, por apresentar o programa com um colega que já tem muitos anos disto e tem muito para ensinar, no fundo, pela adaptação a toda esta nova realidade. As minhas dificuldades não têm sido dentro do estúdio, porque aí sinto-me como peixe na água. A minha surpresa tem a ver com tudo o que vai para além das três horas que fazemos em direto. E é com isso que estou a aprender a lidar. Tem sido engraçado descobrir como é que estas coisas funcionam, as histórias que fazem capas de revistas. De facto, há muita criatividade. Quase que chega a ser engraçado. De resto, tem sido um mês muito intenso, mas muito bom. Não podia querer um desafio maior.
– Não temeu comparações?
– Não. Eram inevitáveis e eu sabia que iriam acontecer. A minha sorte é que tenho 12 anos de trabalho, através dos quais as pessoas podem perceber o que sou e o que sempre fui.
– Em relação à mudança familiar, a dinâmica é outra e, apesar de ter apoio, não deve ser fácil pegar no volante e vir para Lisboa.
– Não, há dias em que me custa muito, confesso. Sempre vivi no Porto. Porto para mim é casa. Nos primeiros tempos vivi num hotel, portanto ainda menos aconchegada estava. Agora está melhor. Estou a encontrar os meus ritmos, as minhas rotinas, os meus filhos também já vieram ter comigo, portanto está a ser diferente.
– Mas vai sempre ao Porto duas vezes por semana?
– Sim, vou a meio da semana, à quarta-feira, e ao fim de semana.
– Todos os quilómetros valem a pena?
– Muito, mas também ando morta. É uma loucura. Por isso tem de ser tudo muito bem gerido, como estes desafios da L’Oréal Professionnel.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1226 da revista CARAS.
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