A meio da sessão fotográfica, Ruben Rua dirige-se para a Rua da Horta Seca, no Chiado. Quando o veem, duas raparigas põem-se à porta da pastelaria, a cochichar. Ao aperceber-se, o modelo sorri-lhes e atira um “olá”. Confiante, vai para o meio da estrada, aconchega-se no casaco e põe a mão no bolso. Sem carros no horizonte, posa para a objetiva. É caso para dizer que Ruben para mesmo o trânsito.
Se o seu charme é inegável – que o digam as duas admiradoras da pastelaria e os cerca de 255 mil seguidores do Instagram –, o modelo e apresentador é muito mais do que uma cara bonita. Na moda, na apresentação, nas parcerias que tem feito e até no mundo digital, Ruben tem dado um passo de cada vez. Nada tem sido fácil, mas a verdade é que está a chegar onde muitos só sonham. Prova disso foi a oportunidade que surgiu recentemente de apresentar, ao lado de Fátima Lopes, o programa First Dates, na TVI.
Nesta manhã passada no centro de Lisboa, Ruben trocou o papel de barman confidente pelo do homem de quase 32 anos que não receia expor as suas fragilidades e contar como lida com as desilusões. Nesta conversa, houve ainda lugar para partilhar conquistas e sonhos, aqueles que lhe dizem que por aqui é que é o caminho.
– Está a coapresentar uma das grandes apostas da TVI. Como está a correr?
Ruben Rua – Foi uma oportunidade inesperada. É um formato muito bom, que já foi premiado, e acredito que funcione em Portugal. Tudo se passa num restaurante. A Fátima é apresentadora e chefe de sala e eu, além de apresentar, também sou barman e tenho mesmo de fazer as bebidas e servir as pessoas. Está a correr muito bem.
– Foi a Cristina Ferreira que apostou em si. Agora está a trabalhar com a Fátima Lopes. Sente que também conseguiu criar uma certa cumplicidade com esta nova parceira?
– Comecei a trabalhar na TVI com a Cristina, não me esqueço disso, e todos sabem a amizade que temos. Acho que seremos sempre muito amigos. Não conhecia a Fátima muito bem, mas tinha boas expectativas, até porque tudo o que faz é excelente e tem uma carreira irrepreensível. E agora que a conheço só posso dizer que tem sido muito bom trabalhar com ela. Gravamos muitas horas e acabamos por ter uma relação para lá das câmaras e sem dúvida que conseguimos criar essa química. A Fátima tem sido generosa e neste meio nem todos o são, sobretudo perante alguém mais inexperiente. Deu-me tempo e espaço, permitiu-me que também fosse apresentador e que partilhasse as minhas ideias. Tenho muita vontade de continuar a trabalhar com ela. Quem sabe se esta dupla Fátima/Ruben não será um sucesso?
– Diz que a Fátima lhe deu espaço. Sente que, por ser um homem bonito que veio da moda, nem sempre é fácil mostrar que é mais do que isso?
– Nem sempre é fácil mostrar que sou mais do que um homem bonito, mas o tempo acaba por revelar quem somos e a vida acaba sempre por ser justa. Luto muito para concretizar objetivos. Nada me caiu do céu, tudo tem dado trabalho. Desde os tempos da escola. Quando comecei a minha carreira como modelo, só trabalhava lá fora. Só ganhei um Globo de Ouro, que queria muito, ao fim de cinco nomeações. Fui para a TVI em maio de 2016 e só agora é que as coisas parecem estar a arrancar. Na minha vida não há elevadores, tenho subido degrau a degrau, e isso é bom.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1226 da revista CARAS.
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