Quem veja Andreia Rodrigues a apresentar o programa da SIC Quem Quer Namorar com o Agricultor? até pode pensar que a mulher de Daniel Oliveira cresceu num meio rural, tal é o seu à-vontade entre os animais e até a conduzir um trator. Apesar de sempre ter ido “passar férias ‘à terra’” e de adorar estar em contacto com a Natureza, a apresentadora é uma mulher da cidade, mas, quando abraça um novo desafio, é determinada, trabalhadora e resiliente. E é esta pessoa forte, mas que também tem as suas fragilidades, que Andreia quer que a filha, Alice, de dez meses, tenha como exemplo.
Numa manhã passada num refúgio campestre, em Sintra, a apresentadora, que completou 35 anos dia 11 de abril, explicou como tem conciliado o trabalho com a maternidade, contando ainda como a filha a tem inspirado a ser uma mulher mais autêntica e feliz.
– Foi fácil virar uma rapariga do campo para apresentar Quem Quer Namorar com o Agricultor?
Andreia Rodrigues – Nunca tinha feito nenhum programa deste género nem tinha pensado fazer. Sempre deixei que a televisão me surpreendesse. Neste programa, as pessoas têm-me visto ser eu própria. Estar junto das pessoas deixa-me muito feliz e estar no campo também. Tenho ligação aos meios rurais, tanto pelo lado materno como paterno. Nunca vivi no campo, mas sempre fui passar férias ‘à terra’ e sempre gostei do contacto com a Natureza. Portanto, tem sido um prazer estar neste projeto. Além disso, temos visitado sítios lindos do nosso país, onde nunca tinha estado.
– E qual tem sido o seu maior desafio deste formato?
– Não houve um desafio que se destacasse… Estamos a falar de pessoas simples, práticas, que dizem tudo sem grandes rodeios, e eu também sou assim, portanto não foi difícil adaptar-me. É um programa que mexe com as emoções, que procura ir mais além, chamando a atenção para a dureza da vida de quem vive no campo. Entreguei-me totalmente ao formato e deixei que tudo fluísse com naturalidade. E é um programa giro. Sou uma eterna romântica e só me apetece dizer que o amor vai acontecer. Ups, já disse. [Risos.]
– É o seu primeiro grande desafio profissional depois de ter sido mãe. Como foi ir trabalhar para Vinhais, de onde era um dos agricultores, e deixar cá a sua filha?
– Foi um misto de emoções. Sair é bom, porque o nosso trabalho tem de continuar. Mas agora que tenho a Alice a minha vida nunca mais será igual. O coração passa mesmo a estar fora de nós e sinto-me sempre um pouco preocupada e ansiosa. E isso faz parte do ser mãe. Mas também sabia que a minha filha estava bem, com o pai e com a avó. E eu tenho de continuar a trabalhar, porque quero sentir-me realizada enquanto mulher e profissional. Quero que daqui a uns anos a Alice veja que a mãe trabalhou e nunca desistiu dos seus objetivos. É esse o exemplo que lhe quero dar. Sabia que não podia desperdiçar esta oportunidade profissional. A Alice já tinha nove meses e não fazia sentido não aceitar. Cheguei a ir e vir de Vinhais no mesmo dia. São 1100 quilómetros. E fi-lo algumas vezes porque preferia vir dormir a casa. A minha bolsa de oxigénio aumentava sempre que abraçava a minha filha. Passei duas noites fora e confesso que a primeira delas foi difícil.
Andreia Rodrigues “Nós, mães, somos humanas, não somos supermulheres”
A apresentadora contou como o nascimento de Alice, há dez meses, mudou a forma como encara a vida.