Emilia Clarke, que deu vida à personagem Daenerys, em Game of Thrones – que terminou na madrugada da passada segunda-feira, dia 20 – revelou como é que se preparou para uma das cenas mais marcantes de sempre, o momento em que discursou para as suas tropas.
À revista Vogue, a atriz começou por explicar que, apesar de durante as gravações das duas últimas temporadas ter muito presente que a série se encaminhava para o final, ninguém a preparou para o que deveria sentir no último momento da oitava temporada.
“Honestamente, senti-me muito, muito estranha”, referiu Emilia Clarke, que esteve ligada durante oito anos a Game of Thrones.
Na cena em que discursou durante o último capítulo da série, a atriz revelou que necessitou de se preparar de uma forma diferente. “Durante a série tive que aprender línguas falsas e fiz muitos discusos, mas senti muita pressão para este. Qualquer ator pode dizer que os dias no set [de gravação] são longos, e assim que vais para casa tens que aprender o papel para o dia seguinte. Mas além disso, tens que o fazer numa língua que não existe! Normalmente faço-o depressa, mas este discurso significou muito para mim. Estava muito preocupada. Fiquei acordada até muito tarde todas as noites, durante uns dois meses. Fiz o discurso na minha cozinha, ao meu frigorífico. Disse-o a Belfast inteira através da minha janela”, explicou a atriz.
Emilia Clark contou ainda que a única vez que conseguiu dizer o discurso todo sem se enganar foi precisamente no dia da gravação – um dia em que, revelou não ter dormido – e que precisou de se inspirar em ditadores para conseguir entender se era percetível o que diziam, mesmo falando numa língua estrangeira. Hitler foi a sua principal fonte de inspiração. “Podes entender absolutamente tudo o que Hitler diz mesmo que fale uma lingua estrangeira.”
Por esse motivo, a atriz referiu ainda que se conseguisse acreditar em cada palavra que dizia “o público não teria que prestar tanta atenção às legendas”.