Atriz, realizadora e cantora, Maria de Medeiros dispensa apresentações. Aos 53 anos, e com uma carreira de quase quatro décadas, a filha do maestro António Vitorino de Almeida diz que “ainda está tudo por fazer”, mas também assume que só aceita trabalhos em que acredita e com os quais se sente bem, como foi o caso do filme Mar, de Margarida Gil.
Foi por ocasião da estreia deste filme, que retrata o drama dos refugiados, no festival IndieLisboa que a CARAS conversou com Maria sobre este desafio, mas também sobre o seu papel de mãe de Júlia, de 21 anos, e de Leonor, de 15, nascidas do seu casamento com o cenógrafo espanhol Agustí Camps.
– Como foi fazer este filme?
Maria de Medeiros – Na verdade, foi uma delícia. É um filme quase todo passado num barco à vela… Muitas vezes o cinema torna o que é muito agradável num calvário e pensei que, segundo essa lógica, seria complicadíssimo gravar num barco, mas afinal foi maravilhoso. Cada dia foi lindo e a história é muito bonita.
– Veio a Lisboa por motivos profissionais. Não pensa deixar Paris e regressar definitivamente?
– Agora na Europa é tudo perto… Portugal está num momento muito bom e dá muita vontade de estar cá, mas a minha vida também é lá.
Maria de Medeiros: “falta-me fazer tudo, estou em aprendizagem constante”
A atriz esteve
em Portugal para a estreia de “Mar”, um filme que retrata o drama dos refugiados.