
João Lemos
Ana Patrícia Carvalho, 33 anos, jornalista de profissão há 12. Desde criança que sonhava com esta meta, que agora desempenha com entrega, profissionalismo e seriedade. “Quando era miúda, tinha dois sonhos: ser jornalista e bailarina. Sempre consegui conciliar a dança com os estudos, mas lesionei-me e tive de ser operada, portanto teria de ficar afastada por algum tempo. Foi aí que tive clara noção do que queria e escolhi a carreira que iria seguir”, revelou.
Mulher destemida, extrovertida e cheia de ambições, Ana Patrícia é atualmente o rosto do Jornal da Meia-Noite, da SIC Notícias, um desafio que a preenche completamente, mas quando se apagam as luzes das câmaras em direto regressa ao seu mundo – repleto de afetos familiares e de amigos – e ao refúgio que é a sua casa.
– O que a fez enveredar pela área jornalística?
Ana Patrícia Carvalho – Foi uma decisão só minha, não tenho familiares nem pessoas conhecidas que fossem jornalistas. Conhecia as vozes todas da televisão e da rádio, sabia quem eram os jornalistas e desde muito nova que ficava agarrada às histórias. Nunca tive a ambição da televisão, surgiu por acaso. A essência do jornalismo é ter a possibilidade de procurar a verdade e clarificar os factos, o que nos torna também diferenciadores. Na SIC tenho tido muitas e boas oportunidades. Têm surgido e eu tenho-as agarrado.
– Não se arrepende, portanto, do caminho que seguiu.
– Não, acho que estava destinado. Tenho sempre necessidade de não ter uma rotina, porque fazemos coisas diferentes todos os dias. Sou muito chata quando conheço alguém, porque nós vivemos das histórias dos outros. É normal que em casa me digam: “Tira lá essa jornalista que há em ti.” [Risos.]
– Orgulha-se das suas raízes?
– Nasci em Lisboa, mas cresci na Margem Sul. Falo muito do Barreiro e do facto de lá ter passado a minha infância e adolescência. Tenho lá a minha família e os meus amigos, o meu núcleo duro, e é onde vou nas minhas folgas e sempre que tenho tempo livre.
– Gosta de estar em frente à câmara?
– Confesso que ao início, quando me convidaram para ser pivô da SIC, fiquei em pânico. O convite foi feito numa terça-feira e no domingo seguinte já estava a apresentar. Senti um peso muito grande de um momento para o outro. Penso que a partir do momento em que ganhei confiança como coordenadora, ganhei-a também em frente à câmara. Consigo ter a mesma naturalidade e tranquilidade.