É com um olhar enternecido que encontramos Custódia Gallego a embalar o neto, Martim, de seis meses, filho do seu filho Rafael, na loja da Chicco do Centro Colombo. E foi com a mesma doçura que a atriz conversou com a CARAS durante uma manhã de compras para o neto, em que demonstrou sem esforços como este papel de avó lhe assenta tão bem. E como é nele que encontra a força de que precisa para viver todos os dias após a morte do seu filho Baltazar, de 31 anos, no ano passado.
– Uma das coisas que guarda da sua infância são os verões passados com os seus avós maternos em Espanha e do amor que recebia. Hoje é essa avó?
Custódia Gallego – Sim, sou a avó do mimo, do amor. E consciente de que isso é não só natural como muito benéfico. Portanto, não vou fugir disso, antes pelo contrário, vou fazer com que isso seja ainda mais verdade. Não acho nada que os avós são a indisciplina e fazem tudo o que os pais não podem fazer. A minha abuela também era muito disciplinadora, mas era tudo feito com muito amor. Por exemplo, em vez de me mandar dormir porque já eram horas, começava a contar-me histórias em verso, e era lindo.
– Há um olhar diferente quando se é avó?
– Os medos, que eu também senti, que são normais e legítimos, e que agora o meu filho sente, eu tento apaziguá-los. E nesse prisma, sim, porque usufruo mais do meu neto, com mais tranquilidade. Mas em termos de responsabilidade é a dobrar. Quero ser uma boa avó para ele, mas também quero ser uma boa mãe para o meu filho mostrando-lhe que sou uma boa avó.
Custódia Gallego: “O Martim é uma força para mim, das maiores”
A atriz partilha o amor que vive como avó e o caminho de aceitação que faz desde que perdeu o filho mais velho.