O Alentejo corre-lhe nas memórias e durante muito tempo alimentou-lhe a vontade de por lá viver. Isto porque Madalena Abecasis, de 37 anos, cresceu em Castro Verde e só depois da primária se mudou para Cascais, onde ainda hoje vive e todos os dias cria memórias com o marido, o empresário Nuno Sebastião, de 41 anos, e os filhos, Francisca, de 12 [de uma anterior relação da bloguer], José, de três, e Júlia, de 16 meses. Madalena nunca cria demasiadas expectativas, até porque já percebeu que tudo muda num instante. Prova disso foi a forma como uma brincadeira a tornou numa das caras mais conhecidas das redes sociais, onde tem mais de 60 mil seguidores. “Só comecei nestas andanças porque tinha uma grande necessidade de comunicar durante a gravidez da Júlia, em que estive de baixa. Mas se fico alguns dias sem pôr fotografias da Júlia recebo logo mensagens a perguntar se está tudo bem com ela. Houve uma vez que partilhei um vídeo sobre uma gravidez que não correu bem e as pessoas disseram que era bom ver este meu lado mais sério. Nenhuma vida é um mar de rosas e o importante é mostrar que se pode dar a volta”, assumiu Madalena, numa manhã em que abriu as portas da sua casa à CARAS.
– Hoje há uma grande necessidade de catalogar as pessoas, mas a Madalena não se deixa prender por rótulos e até brinca com isso.
Madalena Abecasis – Não deixo e acho que é giro brincar com isso, para as pessoas perceberem que não é por ser uma miúda de Cascais que tenho de ser mais parva, snobe ou o que for. Porque é engraçado ver como pessoas completamente diferentes de mim gostam do que digo, se riem e se identificam.
– Conhecemo-la das redes sociais, mas se tivesse que se apresentar o que diria de si?
– Acho que sou muito bem-disposta e levo a vida de forma tranquila. Às vezes pode parecer que sou muito maluca e que ando numa histeria total, mas sou calma, adoro estar sossegada em casa com a minha família, sou muito “melga” dos meus meninos.
– Na balança da vida, sente que tem tido sorte?
– Acho que sim, mas também fiz muitas asneiras e muita coisa podia ter corrido mal. Mas é preciso estarmos abertos e atentos para sabermos receber o bom e não ficarmos agarrados ao mau.
– A ironia pode ser uma arma e uma defesa?
– Pode ser tudo isso, sim. Embora algumas pessoas não percebam. E gosto dessa dúvida. Mas é ótimo poder utilizar a ironia em tudo na vida.
Uma entrevista para ler na íntegra na edição 1252 da CARAS.