Isabel Ruth venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Cinema com a sua interpretação em “Raiva”, de Sérgio Tréfaut, um filme a preto e branco que retrata a exploração laboral e da injustiça social vivida no Alentejo da década de 1950.
Após um percurso académico e profissional no ballet, ingressou no teatro na década de 1970. Estreou-se “O Marinheiro”, de Fernando Pessoa, com direção de Fernando Amado no Teatro da Casa da Comédia.
No plano internacional participou numa curta-metragem com Pascal Aubier e desde então começou a trabalhar com vários realizadores europeus não só franceses mas também italianos. Também fora do país deu cartas no teatro em “Ricatto all Teatro”, de Dacia Maraini. Viajou até ao Oriente, viveu em Espanha e só em 1973 regressou ao seu país de origem.
Em 1979 voltou ao teatro com “Éden Cinema”, encenado por Fernando Heitor, e ao cinema português com “O Bobo” de José Álvaro Morais. É considerada uma das maiores atrizes do cinema em Portugal.
Participou em inúmeros filmes de Paulo Rocha, entre os quais “Os Verdes Anos”, “Mudar de Vida”, “O Rio do Ouro”, “A Raíz do Coração” e Vanitas. E também Manoel de Olviera em “Vale Abraão”, “A Caixa”, “Viagem ao Princípio do Mundo”, “Inquietude”, “Vou para Casa”, “O Príncipio da Incerteza” e “Espelho Mágico”.
Publicou a obra “Fotopoesia” em 2006. Escreve e compõe música. Foi premiada em 1995, no Festival de Cinema em Moscovo, como a melhor atriz pelo seu papel em “Pax”, de Eduardo Guedes. Recebeu um Globo de Ouro como Melhor Atriz, em 2007, pela sua interpretação em “Vanitas”, de Paulo Rocha. É Comendadora da Ordem da Infante D. Henrique desde 2018.