Com o sentido de humor que o caracteriza, no dia em que inaugurou o Hell’s Kitchen Bench (“banco da cozinha do inferno”, numa tradução literal), um banco em mármore de Estremoz e mogno instalado no átrio do edifício, de 150 metros de altura, que desenhou para o número 611 da West 56th Street (na interseção do Upper West Side e Midtown West, em Manhattan, Nova Iorque), o arquiteto português Álvaro Siza Vieira, de 86 anos, desejou “que a experiência de quem nele se sente não seja infernal”.
O banco, de 4,6 metros de comprimento e cerca de 530 kg, resulta de um convite de Guta Moura Guedes, responsável pela Experimentadesign, para que o arquiteto, que em 1992 recebeu o Prémio Pritzker (uma espécie de Nobel da arquitetura), criasse uma peça de mobiliário a propósito do programa Primeira Pedra, patrocinado pela Associação Portuguesa da Indústria de Mármores e Granitos, que pretende divulgar internacionalmente as potencialidades da pedra portuguesa através da criação de peças de arte contemporânea.
Diversos artista plásticos, designers e arquitetos portugueses e estrangeiros têm participado neste projeto. Depois de apresentadas em várias cidades do mundo, as peças deverão integrar uma exposição retrospetiva em Lisboa.
Álvaro Siza Vieira inaugura em Nova Iorque um banco “dos infernos”
Numa iniciativa de promoção da pedra portuguesa, Siza Vieira desenhou um banco de mármore e mogno a que chamou Hell's Kitchen Bench.