O lançamento do livro do xamã Durek foi proibido no país de origem da namorada, na Noruega. Nele o companheiro da princesa Martha Louise defende que a infelicidade propicia o aparecimento do cancro. A controvérsia em torno do seu lançamento levou a editora Cappelen a não o publicar na Noruega, fazendo saber através de comunicado que “o texto deve ser objeto de uma leitura mais ampla e uma revisão crítica”.
O príncipe Haakon, herdeiro do trono e irmão de Martha Louise, apoiou a decisão controversa e falou sobre o assunto em público: “Se é publicado ou não depende do editor. É claro que fez as suas análises e avaliações. O meu ponto é que temos uma abordagem bastante diferente do que é proposto… mais focado na pesquisa e no sistema de saúde norueguês”, explicou.
Durek, que se tornou ‘persona non grata’ na Noruega, acredita que o editor “escolheu o medo em vez do amor”, o que considera lamentável. “Viajei para tantos países que achei que a Noruega estava mais desenvolvida do que isto. Há um grupo de pessoas que tem medo de ouvir opiniões às quais não estão habituadas. É muito triste que as pessoas que reviram o livro tenham optado por se concentrar num único capítulo em que falo sobre cancro em vez de vê-lo na íntegra. A censura é tão medieval … Aprendi a não perder tempo com pessoas que decidiram de antemão que estão certas.”
Em jeito de conclusão, o namorado de Martha Louise acusou os ‘media’ noruegueses de serem “bandidos”. “Não podemos negar todos os anos que ajudei pessoas com cancro, o que vi e experimentei, nem tudo no corpo é sobre genética”, defendeu.