
Ricardo Santos
As birras, as febres que os levam às urgências e a logística que implica ter duas crianças pequenas fazem parte do dia a dia de Sofia e Francisco Garcia. Se o apresentador, de 31 anos, e a mediadora de seguros, de 32, não escondem que esta aventura da paternidade tem sido desafiante, também reconhecem que Mercedes, que acaba de completar dois anos, e Teresa, de quatro, trouxeram um novo sentido às suas vidas. Juntos há seis anos e meio e casados desde setembro, Sofia e Francisco têm na família a sua grande prioridade, admitindo que tudo o que fazem tem como propósito viverem dias ainda mais felizes a quatro.
A poucas semanas do Natal, o apresentador do Canal Panda e a mulher abriram a porta do seu mundo encantado e revelaram as alegrias, e também as peripécias, que vivem diariamente e que lhes enche a casa de afetos.
– Com duas crianças em casa, o Natal deve ser vivido de forma intensa…
Francisco Garcia – Sim. Se com uma já era, com duas ainda mais! Vivemos muito o espírito do Natal e tentamos transmitir-lhes, com toda a naturalidade, os sentimentos associados à época. Para nós, o Natal tem mesmo um significado religioso e é o momento do ano em que estamos todos juntos, cozinhamos e desfrutamos com tempo da companhia uns dos outros. É um momento privilegiado para confraternizar com a família. E aprendi a não criar muitas expetativas. Se alguém quiser comer bife, come. Não há problema [risos].
– A família é, de facto, o maior projeto da sua vida?
– É, sem dúvida. No final de tudo, a família é o mais importante, é o que verdadeiramente conta. Vivemos a correr, entre afazeres, chatices e alegrias, mas tudo se resume, no dia a dia, aos momentos em que estamos os quatro. O trabalho, os amigos e as nossas concretizações preenchem-nos muito, mas é a família que nos dá força para conseguirmos alcançar tudo o resto. A família é o que nos centra.
Sofia Garcia – E tem sido um projeto muito feliz. A nossa vida não mudou com o casamento, porque já vivíamos este conceito de família. Agora, casarmos pela Igreja muda alguma coisa, porque houve uma bênção.
– Mas também é um desafio para um jovem casal ter duas crianças pequenas com idades próximas…
Francisco – Sim, é um desafio, mas não consigo imaginar a nossa vida de outra maneira. Se não tivéssemos a nossa família, qual seria o objetivo disto tudo? Só me faz sentido ser assim, é como somos felizes.
Sofia – Há dias em que corre tudo bem, noutros é o verdadeiro caos. Tentamos encontrar um equilíbrio e estar disponíveis para elas sem estar a pensar no que temos para fazer. Não é fácil, mas é importante elas sentirem que os pais lhes dão total atenção.
– Para si, enquanto pai, o que tem sido mais desafiante?
Francisco – Tento ser o melhor pai possível e isso reflete-se em tudo, no meu trabalho, na nossa relação de casal… Todos os dias erramos e acertamos e é ótimo podermos contar um com o outro. A Sofia ajuda-me a ser um melhor pai e eu ajudo-a a ser uma melhor mãe. Falamos muito, partilhamos o que sentimos, o stresse e as alegrias. É um caminho e o grande desafio é conseguirmos ser um bocadinho melhores todos os dias. Estamos a criar pessoas que estão a ficar com memórias para sempre e isso é uma grande responsabilidade. Tudo o que dizemos e fazemos deixa uma marca. E isso obriga-nos a estarmos muito conscientes do que estamos a fazer.