O vídeo de um agente policial branco a estrangular George Floyd, um afro-americano de 46 anos, em Minneapolis, nos EUA, no passado dia 25 de maio, deixou o mundo perplexo. Durante 8 minutos e 46 segundos vê-se Derek Chauvin a prender com o joelho o pescoço do segurança privado, que se queixava: “Não consigo respirar.” George Floyd foi preso por quatro polícias por ter alegadamente tentado comprar tabaco com uma nota falsa de 20 dólares. No seguimento deste episódio, o ex-atleta foi algemado e imobilizado no chão. Os minutos de asfixia que acabaram por resultar na sua morte foram filmados com um telemóvel e rapidamente correram mundo, primeiro nas redes sociais, depois na comunicação social. Não tardaram as ondas de protesto, muitos deles violentos, não só nos EUA como em todo o mundo. O racismo e a violência policial voltaram a estar na ordem do dia, deixando antever tempos conturbados, mas também, assim muitos o esperam, de mudança.
Também em Portugal muitas figuras públicas têm partilhado a sua indignação e revolta. Para algumas, estes sentimentos estão mesmo à flor da pele, ou não se tratasse disso mesmo: uma questão de pele. Sem querer particularizar e chamar a atenção para si própria, Ana Sofia Martins, que tem ascendência cabo-verdiana, tem sido uma voz ativa pela inclusão, sendo uma inspiração para muitas jovens que querem alcançar os seus sonhos. Tentando combater todas as formas de discriminação, a atriz e apresentadora partilhou com a CARAS os seus sentimentos em relação aos tempos que vivemos.
Ana Sofia Martins: “O racismo não só existe como parece estar a ganhar novo fôlego”
Ana Sofia Martins, que tem ascendência cabo-verdiana, tem sido uma voz ativa pela inclusão