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Liliana Campos escreveu um emotivo texto, que partilhou na sua conta no Instagram, onde fala do momento difícil que viveu na altura em que teve depressão.
“Senti, depois daquelas minhas palavras no Passadeira Vermelha, que quando estivesse mais fortalecida falaria melhor com vocês sobre o que vivi e que me levou a precisar de ajuda especializada. A partida da minha Mãe foi muito dolorosa, pelo sofrimento que presenciei , mas esse não foi o motivo principal”, começou por escrever a apresentadora, explicando que é sempre mais do que um motivo o que leva alguém a ter depressão.
“Quando me dei conta da maldade que existia à minha volta, das mentiras, do estar a contar com um porto que pensei ser seguro, mas que afinal estava completamente minado, de várias tentativas para que eu e o Rodrigo nos afastássemos, fez-me perceber que durante os 4 anos em que juntamente com o meu irmão fomos cuidadores da minha Mãe tinha mesmo tido a minha Vida stand-by, e não tive tempo, consciência ou capacidade para ver quem me rodeava e da forma como o faziam”, continuou, contando ainda que nessa altura tinha começado a fazer tratamentos de fertilização para poder engravidar, acreditando que o tempo para poder ser mãe estaria a esgotar-se.
Liliana Campos contou ainda que pensou em suicídio. “Soube que precisava de ajuda. O Rodrigo não sabia lidar com a situação, e eu também não. Não via saída. Não tinha força para lutar… para pegar nos cacos e reconstruir o que eu tinha deixado destruírem. Nessa altura achei que não estava cá a fazer nada. Se calhar, desaparecer seria o melhor. Desaparecer para sempre. Desaparecer daqui. Desaparecer sem dizer nada a ninguém e ir para o outro lado do Mundo”, confessou.”
“O trabalho, que já tinha sido o meu escape durante a doença da minha Mãe, continuou a ser muito importante para mim. Não quis baixa, não faltei um único dia. Ali desligava e por momentos tentava abstrair-me do meu Mundo a desabar. Mas ia para casa e não dormia. Achei que podia ficar maluca por não conseguir descansar”, prosseguiu.
No seu texto, a apresentadora salienta ainda a importância de se falar abertamente das doenças mentais,“sem receio de as mencionar, sem receio de falar de uma ida ao psiquiatra ou ao psicólogo, ou mesmo a prática de terapias alternativas”.