O acordo de quase 19 milhões de dólares (cerca de 16,6 milhões de euros) que tinha sido anunciado no passado dia 1 de julho para as vítimas de Harvey Weinstein foi rejeitado por um juiz federal de Nova Iorque. Este acordo tinha sido movido em fevereiro de 2018 contra a empresa de Weinstein, contra o próprio produtor e ainda contra o irmão deste, Robert Weinstein, mas o juiz Alvin Hellerstein terá rejeitado a proposta, segundo avança a CNN.
A agência EFE avança que, de acordo com a acusação, as vítimas terão vivenciado um ambiente de trabalho hostil, de assédio sexual e de discriminação de género “enquanto trabalhavam para o produtor e ex-magnata de Hollywood Harvey Weinstein“.
O Juíz Hallerstein explicou, em comunicado, que irá justificar a sua decisão num memorando. Com esta decisão fica colocada de parte a possibilidade de um acordo civil, que suscitou polémica logo desde o princípio, dado que permitia que a maioria dos custos judiciais de Harvey Weinstein fossem pagos por uma seguradora e impedia ainda que o produtor cinematográfico fosse responsabilizado pelos abusos.
Paralelamente, um grupo de mulheres que terão sido assediadas sexualmente por Weinstein moveu uma ação coletiva que procurava proteger a empresa e o irmão do produtor de responsabilidades nos crimes, segundo avançou a procuradora-geral Letitia James.
Recorde-se que Harvey Weinstein, de 67 anos, foi condenado no passado dia 11 de março a 23 anos de prisão por crimes de violação e agressão sexual, ocorridos entre 2006 e 2013, depois de um julgamento que teve início a 6 de janeiro, em Nova Iorque.