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O isolamento social recomendado tem sido aproveitado por João Tordo para avançar mais depressa nos seus trabalhos de escrita. “Quando a pandemia começou, eu já estava com um projeto em andamento, um livro que só será publicado para o ano, mas, como se cancelaram todas as viagens e compromissos, de repente tive tempo para estar em casa a escrever. Claro que a pandemia não foi positiva, nem para o país nem para o resto do mundo, mas no meu caso particular até deu jeito”, admite o escritor, de 45 anos, revelando: “A história passa-se nos EUA e, durante todo o tempo do confinamento, senti que estava em Nova Iorque. É uma forma de sair do sítio sem sair. Escrever é uma espécie de viagem pela imaginação.” Na sessão de autógrafos do seu mais recente livro, Manual de Sobrevivência de Um Escritor, que decorreu na Feira do Livro de Lisboa, João Tordo disse ainda que esta pandemia o ensinou a “ter paciência e a perceber que o mundo, às vezes, não anda à nossa velocidade. Funciona à velocidade do mundo”.
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