Morreu Helena Marques. A notícia foi confirmada pelo grupo editorial Leya através de comunicado enviado às redações. Tinha 85 anos.
“Foi com profunda tristeza que a LeYa e a Dom Quixote receberam, ontem à noite, a notícia do falecimento da escritora Helena Marques. Aos seus filhos – particularmente ao nosso colega Francisco Camacho, editor da LeYa e também escritor – netos e bisnetos, endereçamos as mais sentidas condolências. Na Dom Quixote, Helena Marques publicou, entre 1992 e 2010, cinco romances e um livro de contos”, lê-se na nota.
De origens madeirenses, Helena Marques nasceu em Carcavelos, em 1935. Jornalista durante trinta e seis anos, iniciou a sua carreira no Diário de Notícias do Funchal e terminou-a no Diário de Notícias de Lisboa, onde foi directora-adjunta (1968-1992). Entretanto, foi redactora de vários outros diários, nomeadamente A Capital, República e A Luta.
Publicou o seu primeiro livro, O Último Cais, em 1992. Muito aclamado, recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Revista Ler/Círculo de Leitores, o Prémio Máxima de Revelação, o Prémio Procópio de Literatura e o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa. Seguiram-se os romances A Deusa Sentada (1994), Terceiras Pessoas (1998) e Os Íbis Vermelhos da Guiana (2002), e o livro de contos Ilhas Contadas (2007).
A sua obra encontra-se traduzida em alemão, italiano, castelhano, grego, romeno e búlgaro.
O Bazar Alemão (2010) é o seu mais recente livro.
Em 2013 foi-lhe atribuído o Prémio Gazeta de Mérito.