Chrissy Teigen está a passar por uma fase muito delicada. Ainda assim, poucas semanas depois de ter perdido o filho Jack, a mulher de John Legend decidiu escrever um texto emotivo no qual conta tudo o que aconteceu. Com o apoio do marido, John Legend, Chrissy, abre o coração. “Não fazia ideia quando é que estaria pronta para escrever isto”, começa por desabafar.
Depois de agradecer todo o carinho e apoio que tem recebido dos fãs após a perda do filho, Chrissy recorda o dia os últimos dias de gestação, em que esteve internada devido a hemorrogias, e o momento em que foi confrontada com a dura verdade: o descolamento parcial da placenta e as hemorrogias fortes eram fatais para o bebé que carregava. “Ia tomar a epidural e seria induzida a dar à luz o nosso filho com 20 semanas, um menino que nunca teria sobrevivido na minha barriga”, disse, assegurando que foi vista por diversos especialistas e que seguiu todas as recomendações.
Começaram os procedimentos para a indução do parto e Chrissy pediu ao marido e á mãe para fotografarem alguns momentos. “Expliquei a um John que precisava das fotografias. Ele odiou. Mas eu sabia que precisava de ficar com este momento para sempre, da mesma forma que precisava de me lembrar de nos beijarmos no final do corredor, da mesma forma que precisava de me lembrar das nossas lágrimas de alegria depois de nascer a Luna e o Miles. Eu sabia que precisava de partilhar esta história”. Algumas dessas imagens acabaram por ser partilhadas pela modelo nas redes sociais.
Chrissy fala sobre o momento do parto. “Fiquei deitada durante horas, à espera que me dissessem que seria a hora de fazer força. Claro que não tive de dilatar muito, ele ainda era pequenino. Estava deitada de lado, a virar a cada hora, mais ou menos, sempre que a enfermeira mandava”, conta, dizendo que John Legend esteve sempre a seu lado, assim como a mãe. Após o parto, a tristeza e a despedida de Jack: “A minha mãe, o John e eu abraçámo-lo e despedimo-nos em particular, a minha mãe a soluçar durante uma oração tailandesa. Pedi às enfermeiras que me mostrassem as mãos e os pés, e beijei-o sem parar. Não faço ideia de quando parei. Pode ter durado dez minutos ou uma hora”.
O corpo do menino foi cremado. Chrissy diz que as cinzas foram guardadas numa caixa e que vão ser depositadas junto a uma árvore que existe no jardim da casa da família.
No final do texto, Chrissy Teigen reflete sobre como esta situação lhe deixou marcas profundas. “As pessoas dizem que uma experiência como esta cria um buraco no coração. De certeza que foi o que me aconteceu, mas que foi preenchido com amor de algo que eu tanto amava. Não sinto que este espaço esteja vazio. Parece cheio. Talvez ‘também’ a explodir, na verdade. Às vezes dou por mim a chorar, a pensar em como estou feliz por ter duas crianças incrivelmente maravilhosas que enchem esta casa de amor”, relata, falando dos filhos Luna, de 4 anos, e Miles, de 2.
“Também choro quando fico com raiva de mim mesma por ser muito feliz”, diz ainda, revelando que, por vezes, esquece de que já não está grávida e ainda dirige as mãos ao ventre. “A clareza após esses momento deixam-me sempre triste”.
Chrissy diz que partilha este testemunho para chegar a outras mulheres que tenham passado por situações similares. “Sabia que precisava de dizer algo antes de poder seguir em frente e voltar à vida, por isso, agradeço realmente por me permitirem fazer isso. O Jack será amado, explicado aos nossos filhos como existindo no vento, nas árvores e nas borboletas que eles veem. Muito obrigado a cada pessoas que nos teve nos pensamentos ou chegou a enviar-nos o seu amor e histórias. Temos uma sorte incrível”.