Os elementos do Movimento “Sobreviver a Pão e Água” terminaram esta quinta-feira, dia 4, a greve de fome que estavam a fazer há cerca de uma semana em frente à Assembleia da República.
A decisão foi tomada depois de o porta-voz do movimento, José Gouveia, e Ljubomir Stanisic terem regressado para junto dos outros protestantes, depois de terem sido recebidos pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e de terem saído dessa reunião com a “garantia de uma reunião de amanhã [sexta-feira] a oito dias”, informou o porta-voz, para debaterem se as medidas encontradas durante a conversa com o autarca “são exequíveis” e se podem ser implementadas.
José Gouveia referiu ainda que nessa reunião não estará presente o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e essa era uma das reivindicações que motivou a greve de fome.
À saída da reunião com Fernando Medina, o chef Ljubomir Stanisic falou ao jornalistas, revelando que foram discutidas “várias ideias, várias possibilidades” e que “muitas medidas que foram discutidas em conjunto, o próprio Fernando Medina estava de acordo com uma parte delas”. “A outra parte sabemos os três que, praticamente, é impossível chegar a soluções para todos, por isso, aguardamos a próxima reunião”, informou ainda o chef, citado pelo Diário de Notícias.
Recorde-se que um grupo de empresários, que formaram o Movimento “Sobreviver a Pão e Água”, estavam em greve de fome em frente à Assembleia da República há cerca de uma semana e pediam uma audiência com o primeiro-ministro, António Costa, ou com o ministro da economia, para reivindicarem apoios para o setor, que está a ser fortemente afetado pela pandemia.
Devido à greve de fome, alguns elementos tiveram que receber assistência médica, como aconteceu com Ljubomir Stanisic.
Nas redes sociais, o chef mostrou-se satisfeito, agradeceu o apoio de todos e garante que “continua” luta”. “Obrigado a todos vocês pelo apoio incansável que foi a melhor fonte de alimento ao longo destes 7 dias”, escreveu.