Nunca planeou ter um espaço só seu. Ainda assim, agora que Cláudia Piloto abriu o seu BelieveInYourself, no centro de Lisboa, não podia estar mais feliz. “Este espaço tem a minha energia. Foi feito por mim, idealizado por mim e pela minha filha Carolina, que está em Design e foi uma grande ajuda no projeto do espaço, o que torna tudo ainda mais especial. Idealizámos o espaço, criámo-lo e foi feito com muito amor. Este é um espaço mágico”, confessou a especialista em tratamento de imagem e motivação, que tem o seu foco primordial em doentes oncológicos. Na verdade, a apresentação do seu espaço aconteceu precisamente por ocasião do lançamento da revista Cuidar. “É a única revista de oncologia em Portugal. E tenho um passatempo a decorrer na revista em que ofereço um dia aqui no BelieveInYourself, este meu projeto pioneiro que promove um serviço de próteses capilares personalizadas, rejuvenescimento capilar e acompanhamento motivacional”, explicou, feliz, Cláudia Piloto, acrescentando: “Faço um acompanhamento global, embora me centre na parte da prótese e da recuperação do cabelo. Não me foco muito na doença, aqui não se sente a doença, foco-me no presente e no futuro, para que quem me procura perceba que faz sentido viver da forma como gosta e como é.”
Rodeada por quem mais ama, como faz questão que aconteça sempre na sua vida, Cláudia Piloto viveu momentos de pura comunhão com a família. Na linha da frente tem sempre as suas filhas – Carolina, de 21 anos, Francisca, de 19, Carlota, de 10, e Constança, de oito –, com quem forma uma equipa harmoniosa e cúmplice. Cláudia contou também com a presença e apoio dos seus pais, Júlio e Lúcia Piloto, bem como do seu ex-marido, Francisco Vaz Guedes, com quem mantém uma relação de muita amizade e respeito. “São pessoas absolutamente imprescindíveis para mim. Eu vivo mesmo de amor. E nós só estamos bem quando vivemos com amor à nossa volta. Nisso incluo a minha família, muitas das pessoas que já acompanhei e que fazem a diferença na minha vida, que me fazem muito mais feliz. Não vivo de superficialidades”, constatou, reconhecendo: “Acredito muito na liberdade, mas a força que ponho sempre nas coisas e esta quase rebeldia de querer procurar o meu caminho fez-me ir à procura de sentir, e a minha família esteve sempre lá para mim, sempre acreditaram imenso na minha capacidade de conseguir. Para os meus pais não deve ser fácil ter uma filha tão livre. Mas sempre acreditaram, tenho o maior orgulho neles, e é recíproco.”
Fotos: João Lima