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Rita Ferro Rodrigues e o filho Eduardo, de 10 anos, já estão em casa. A apresentadora acompanhou o filho durante duas semanas no hospital, tendo sido durante esse período diagnosticada com Covid-19. Agora, mãe e filho tiveram alta. “Vivemos os 15 dias mais duros das nossas vidas“, diz Rita num texto que partilhou nas redes sociais, que é um enorme agradecimento a todos os profissionais de saúde que os acompanharam nesta etapa, em que viveram também “a maior lição de amor, igualdade e solidariedade das nossas vidas.”
“Já estamos em casa. A recuperação do Duda será lenta e feita de amor. Vivemos os 15 dias mais duros das nossas vidas. Todas as pessoas que já sentiram um filho muito doente sabem do que estou a falar. As outras, as que julgam, as que vivem do ódio, da crueldade, da mentira – até numa circunstância destas – não interessam. Nunca entenderão. Vivemos também, nestes 15 dias de internamento, por estranho que possa parecer, a maior lição de amor, igualdade e solidariedade das nossas vidas. Nunca conseguiremos agradecer o suficiente aos que, hora a hora cuidaram de nós no Hospital de Santa Maria , um dos exemplos máximos da excelência do Serviço Nacional de Saúde. Miroslava ( como agradecer ?) Mariana , Marta, Ana, Catarina, Vasco, Helena, Bela, Isabel , Vitor , entre estes nomes (e são apenas alguns) estão médicos, auxiliares, enfermeiros, técnicos de diagnóstico , queria dizer o nome de todas e todos, trabalham por turnos de dedicação e ternura – tanta qualidade e empenho- tanto amor caramba….tanto amor.
Tanto amor . Como se agradece isto? O abraço impossível em tempos de Covid e ainda assim sempre presente . As lágrimas engolidas e amparadas na angústia – e nem as viseiras e fatos de astronauta barravam a ternura e suporte sempre presentes.
Eu pude estar ao lado do meu filho porque todas as crianças podem estar acompanhadas – mesmo em tempo de pandemia – em internamento. E testemunhei a dedicação imensa com que os doentes maiores de idade são acompanhados porque não podem ter a família por perto. Que força , que beleza , acreditem : ali ninguém está sozinho. Nunca esquecerei o que vi e ouvi. Tanto amor.
Aos que entendem o que estou a dizer, aos que nos encheram de força e carinho desse lado, aos amigos presentes , aos que se revelaram, aos afectos que fizemos para a vida em Santa Maria : obrigada do fundo do coração.
Não nos esquecermos.
A todas as pessoas internadas, a todos os familiares em angústia pela distância imposta pelo vírus : eu vi as mãos dadas de amor, ouvi as palavras ao ouvido, senti as mãos de outros dando festas nos cabelos dos nossos. Tenham esperança e coragem: pode faltar muita coisa mas o amor é avassalador.
OBRIGADA”