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Após um vídeo chocante, partilhado no Twitter, que mostra uma situação de bullying que acabou em atropelamento, ter impressionado as redes sociais, a influenciadora digital Madalena Abecassis partilhou um longo relato pessoal sobre como viveu o bullying na pele.
As imagens do vídeo mostram um grupo de jovens a gozar com um menino, que fugiu das agressões e acabou sendo atropelado. No Instagram, Madalena Abecasis reagiu com indignação à notícia, e partilhou um caso pessoal, que revela também ter sido vítima bullying na infância.
“Vi agora uma notícia sobre bullying que me deixou inquieta. Um miúdo foi atropelado enquanto fugia de umas tipas que gozavam com ele. Podia ter sido uma tragédia. Não pude deixar de me lembrar de quando andava no liceu, um grupo de gajas foi à minha escola para nos fazer uma espera, a mim e a umas amigas. Por uma razão qq que fazia sentido naquelas cabeças. Como elas não estudavam lá, os contínuos não deixavam entrar. Mas elas estavam ali, coladas ao portão, todas cadelas raivosas a quererem distribuir fruta. E eu pensei “… bem, se eu não for lá fora, elas não vão desistir, irão voltar noutro dia e noutro e noutro”. Então, em frente a toda uma escola, em frente a todos os vigilantes, agarrei em mim e no que me restava de orgulho e sai sozinha pra levar na boca. Levei uns valentes 7 ou 8 chapadões de mão puxada atrás, daqueles que fazem eco, sem contestar. Sem dizer uma palavra. Sem levantar um dedo. Porque era isso que elas queriam. Que eu me virasse, que eu me defendesse. Mas se o fizesse, a coisa ia acabar mal para mim. Levei para assar, em frente de gente, e só uma pessoa, em toda uma escola, foi lá buscar-me. Uma corajosa. Uma rapariga que nem sequer era minha amiga. Mas foi lá, puxou-me por um braço e enxotou-as com tanta firmeza que até eu fiquei em sentido. E a coisa ficou por ali“, começa por escrever Madalena.
Mãe de quatro filhos, Madalena Abecasis mostrou temer pelo que as crianças possam sofrer, e afirma que o exemplo em casa é a melhor forma de combater o problema. “Agora só de pensar que um filho meu pode passar por uma coisa assim, fico doente!!! Eu sei o que sou capaz de aguentar, mas os meus meninos ah! não! Não! Digo-lhes muitas vezes: se virem alguém a tratar mal outro menino, vão fazer queixa, vão lá defendê-lo, façam o que for preciso para não deixar que isso aconteça. E espero que eles me oiçam e que, principalmente, não presenciem este tipo de coisas. Não sofram esse tipo de coisas. Não façam esse tipo de coisas. Não excluam, não gozem, não sejam maus. Aceitem os outros como eles são. Que sejam melhores do que eu fui. Que tenham valores. Que lutem por eles!
Eu que saiba que alguém sequer toca num fio de cabelo de qualquer um dos meus 4 filhos. Eu que saiba”.
E se um grupo se juntasse e fizesse o mesmo contigo “Jessica”? Será que ainda te ias sentir a mais cool do grupo? Será que ias continuar a ter essa atitude de cobarde? Isso é tudo inveja, revolta, ciúmes, frustração, falta de atenção?
— ????abá ???? (@babalu12_) May 24, 2021
Deixa me extremamente revoltada como é que + pic.twitter.com/Aq7PTeRDst