
Foi através das redes sociais que Agir fez um desabafo. Num vídeo de pouco mais de cinco minutos, o músico de 33 anos comenta uma mensagem que recebeu de um anónimo que o critica pela aparência física.
“É, no mínimo, repudiante. Está com péssimo aspeto. É compreensível que ele não se sinta bem com o corpo e com a aparência dele e se refugie nas tatuagens e nas drogas, mas dá um péssimo exemplo às pessoas mais novas que o seguem. Ele devia ser ajudado urgentemente. Todos os sinais de uma pessoa perturbada interiormente estão lá”, começa por dizer. Palavras que não são suas, mas que lhe foram dirigias e que agora recebem uma resposta.
O músico começa por apontar o dedo a quem o critica, falando de que estes comentários são feitos com base em “preconceitos e estereótipos que, se calhar, valem a pena desmontar”. “Ele junta um problema de saúde mental com tatuagens e drogas. Portanto, quase como se uma pessoa, quando tem problemas de saúde mental, automaticamente quer fazer tatuagens e, claro, dá nas drogas”.
Como exemplo do que disse, Agir explica que a fase da vida em que cometeu mais abusos foi aquela em que não tinha qualquer marca na pele. “Curiosamente, nessa fase não tinha uma única tatuagem. Com 20 anos, abandonei essa vida maluca porque, nada de super grave, mas tive aquilo que quem exagera um bocadinho nisso passa, que são ataques de ansiedade e de pânico. Desde os 20 anos que não toco num cigarro, num copo de álcool, numa ganza, em rigorosamente nada. Mais uma vez, isto é irrelevante para o assunto, mas é curioso que na altura em que eu viva assim e cometia alguns excessos, eu teria a imagem que esta pessoa, se calhar, acha que é a normal. Se calhar, se ele me visse na rua ia achar que eu estava super saudável”.
Como tal, Agir quer reforçar a ideia de que “ter tatuagens não é sinónimo de dar em drogas”. Remat ao seu discurso com uma mensagem de alerta para o como estas críticas podem prejudicar a pessoa a quem são dirigidas: “A parte mais grave disto é a parte de saúde mental. Eu acho que com a saúde mental não se brinca e eu acho que não podemos associar com esta leviandade a saúde mental a coisas como tatuagens e afins. Estou muito bem consigo mesmo e com as tatuagens e vocês têm de se sentir bem na vossa pele, seja com tatuagens ou sem tatuagens”.