Tinha 18 anos quando decidiu que queria ser ator e hoje, com 37, Victorio D’Alessandro tem motivos para se orgulhar do seu percurso. Um percurso feito maioritariamente na Argentina, país onde nasceu e onde sempre viveu. Contudo, no ano passado Victorio decidiu alargar este caminho e veio para a Europa, primeiro para Espanha, abraçar novos desafios como ator.
“Vim em novembro, para filmar uma minissérie em Bilbao. Depois fui para Barcelona, fazer teatro, onde ainda estou. Sair do nosso lugar, do nosso país, da nossa casa, é um desafio e um sacrifício pessoal. É ir para um território novo oferecer e mostrar o que faço. Mas sempre tive muita vontade de trabalhar na Europa e decidi ficar. A ideia é continuar cá com os meus projetos, o meu teatro…”, começou por explicar à CARAS.
Durante este processo, Victorio fez um casting para a série da RTP Cuba Libre e o sonho de se afirmar na Europa começou a crescer e a ganhar forma. “Quando surgiu a oportunidade de entrar nesta série, foi incrível. Pude conhecer outras formas de trabalhar e pude crescer enquanto ator”, confessou durante as gravações, que aconteceram no Luso.
Embora já tivesse ouvido falar muito de Portugal, Victorio D’Alessandro nunca tinha vindo ao nosso país. Esta série, contudo, despertou-lhe a vontade de regressar e de conhecer mais. “Não conhecia Portugal e, mesmo estando cá para trabalhar, consegui passear por Lisboa, pelo Bairro Alto, pelo Castelo de São Jorge, pelas praias. É uma cidade muito bonita e os portugueses são muito simpáticos”, admitiu, de sorriso rasgado.
O mesmo com que afirma que, neste momento da sua vida, está onde sente que deve estar para crescer e alargar horizontes. “A minha família sente a minha falta e eu a deles, mas estão felizes por mim, por saberem que estou a fazer o que gosto. Acredito que há sempre tempo para voltar. Trabalhei muitos anos na Argentina e estou num momento de maturidade em que consigo olhar para trás e perceber que já tive a oportunidade de fazer tantas coisas que quero continuar a desafiar-me e a crescer. A minha família entende isso e apoia-me. Hoje a minha vida está aqui, na Europa, tracei este objetivo e irei à Argentina sempre que puder para estar com eles. Se quero alcançar os meus objetivos, tenho que lutar por eles e fazer sacrifícios”, rematou.
Fotos: Luís Coelho
