Desde o último domingo, 15 de agosto, que o mundo assiste em choque a tomada do poder na capital do Afeganistão. Na última segunda-feira, 16, imagens de afegãos a invadirem aviões no aeroporto de Cabul, na tentativa de fugirem do regime Talibã, inundaram as redes sociais. E os famosos portugueses não ficaram indiferentes à crise vivida no médio oriente.
Catarina Furtado
Nesta terça-feira, 17 de agosto, a apresentadora publicou e republicou diversas imagens sobre o tema. Nas InstaStories, Catarina Furtado partilhou uma imagem a divulgar uma ONG que está a auxiliar as mulheres afegãs. A publicação, em inglês, diz: “As afegãs sofrem, a América precisa olhar para a forma como perpetua o horror e como podemos prover a cura. Devemos abrigar refugiados e finalmente nos tornarmos o país que dizemos ser”.
Ainda no Instagram, a apresentadora comentou que é necessario dar luz a este assunto: “Afeganistão: Não nos podemos calar, um povo a sofrer horrores, as mulheres e as raparigas ainda mais. Sempre ainda mais”. Catarina Furtado reforça a necessidade de disseminar informação de qualidade sobre o que se está a passar no Afeganistão: “A ler este post e tantas outras fontes de informação (e algumas de opinião fidedigna). Estar informado é nossa obrigação para chegarmos à ação”.
Nuno Markl
Nuno Markl partilhou nesta terça-feira, dia 17, uma lista de proibições que o novo governo deve implementar no país, todas medidas que restringem a liberdade das mulheres. A proibição de sair à rua sem a companhia de um homem ou as punições que incluem açoites ou apedrejamentos, estão na lista de regras que foram primeiramente partilhadas pela Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão.
“Achei útil traduzir para português a lista de proibições talibãs relativas às mulheres, uma recolha da Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão e da ABC Internacional. Talvez muitos de vós não tenham a noção do quanto isto representa de total e completa obliteração da identidade e, praticamente, da própria existência das mulheres. Basicamente, deixam-nas respirar – e talvez baixinho, porque elas não podem ser ouvidas de maneira alguma. Eu sabia que era terrível, mas acho que não tinha a ideia total do quão terrível é”
Fernanda Serrano
Fernanda Serrano usou as redes sociais para manifestar a sua indignação com a recente tomada de poder dos Talibã no Afeganistão.
“O terror e o desespero que demonstram estas horríveis imagens! Tenho sorte por ser mulher aqui no meu país que me respeita. A inércia que nos assiste a todos…”, escreveu a atriz no Instagram.
Cristina Ferreira
A apresentadora e diretora da TVI expressou a sua preocupação, especialmente com a situação das mulheres daquele país. Como tal, partilhou a capa do jornal desportivo espanhol “Marca”, que mostra a imagem de uma menina afegã a jogar futebol e questiona o que vai acontecer às jovens com a ocupação talibã. “Só pensar”, escreve Cristina.
Sónia Araújo
A apresentadora da RTP mostra-se impressionada e preocupada com o que vê nas notícias. “Ninguém pode ficar indiferente… Sabíamos que era muito mau , mas acho que não tínhamos a verdadeira noção da condição feminina no Afeganistão e que agora regride com a tomada do poder pelos Talibãs. É a total insignificância do ser humano”
João Reis
O ator manifestou revolta através de um texto: “Não se consegue. Não se consegue fugir ao trânsito de imagens e comentários e interrogações quando olhamos para o que está a acontecer no Afeganistão. Roubei esta foto à jornalista Candida Pinto, partilhada por Afshin Ismaeli e que mostra o interior de um avião norte-americano. Isto são apenas os primeiros sinais de um dos vulcões mais activos do mundo no que diz respeito a interesses estratégicos. Rússia, China e Paquistão são parte da tríade interessada num desfecho que lhes seja favorável. Por razões diferentes mas sempre com a premissa de um acordo ou de negociações futuras com o regime talibã.
Perante esta ascensão e domínio dos talibã podemos perguntar : o que andaram os americanos ali a fazer durante vinte anos?
Bom, em vinte anos não se muda nada. Estruturalmente, pelo menos.
Mas a maquilhagem serviu pelo menos, o que já não é pouco, para dar às mulheres e raparigas afegãs o direito à educação e a uma maior autonomia e dignidade. E acho que é aqui que o futuro está seriamente comprometido, porque uma mudança de paradigma, a acontecer, vai nascer com as afegãs, mas não em vinte anos!
Da Europa, atordoada pela pandemia e pelos incêndios, o que podemos ainda esperar para além das repetidas e monótonas reprovações oficiais?
Nada. Em Agosto é difícil.”
Teresa Tavares
A atriz mostra-se sensibilizada com a situação das mulheres daquele país. Para tal, partilha uma ilustração de Shamsia Hassani, artista afegã. “O meu pensamento está com todas as mulheres e raparigas do Afeganistão”, escreve.
Mafalda Veiga
A cantora não consegue esconder a tristeza perante os relatos que chegam do Afeganistão: “O horror está de volta, com os homens que odeiam e silenciam as mulheres e a música, os direitos mais básicos, a alegria e a vida, a liberdade. As mulheres, no Afeganistão, estão a queimar os seus diplomas, a esconder os vestígios da sua educação, dos seus estudos, da sua liberdade, dos seus planos de vida, para escaparem à perseguição e à morte. Que mundo é este?”
Eduardo Madeira
O humorista recorda um outro período da história afegã antes da ocupação talibã. “Cabul, anos 70, antes dos Talibãs tomarem o poder pela primeira vez. Ninguém aprendeu nada”, escreve juntamente a uma imagem dessa década, onde três mulheres surgem a passear enquanto usam saias, camisas e têm o cabelo exposto.