Bernardo Pinto Coelho demorou três anos a aceitar o diagnóstico aterrador que lhe deram em junho de 2009: sofria de esclerose lateral amiotrófica, conhecida por ELA, uma doença degenerativa rara e progressiva, caracterizada por uma paralisia progressiva dos neurónios responsáveis pelos movimentos do corpo, para a qual a medicina ainda não encontrou cura.
Ultrapassadas a revolta, a angústia e a impotência que a notícia lhe trouxe, o filho do conhecido médico Manuel Pinto Coelho tentou com todas as forças contrariar a progressão da doença, acreditando até ao fim que um dia seria encontrada uma solução para o tratar. O seu otimismo e alegria de viver inspiraram todos aqueles que se deparam com a mesma doença, cuja esperança média de vida é de dois a três anos.
“Acho que esta é uma forma de ajudar as pessoas a encararem a vida com mais otimismo, a terem a noção de que, quando aceitamos o que nos acontece, atraímos coisas boas e temos de pensar sempre positivo”, referiu Bernardo à CARAS no dia de lançamento do seu livro, O Que Eu Aprendi com E.L.A., em 2015, onde não faltaram os amigos que tanto valorizava, bem como os pais, irmãos e a mulher, Joana Horta e Costa, por quem se apaixonou cinco anos depois de ter sido diagnosticado.