Em 1960, o realizador italiano Federico Fellini transformou Anita Ekberg, então com 29 anos e já com uma carreira de sucesso feita nos EUA, num símbolo sexual a nível mundial com a cena em que a voluptuosa atriz sueca toma um sensual banho noturno na Fontana di Trevi, em Roma, de vestido comprido, generosamente decotado e aberto de um dos lados até à parte de cima da coxa, perante um atordoado Marcello Mastroianni.
Sessenta e um anos depois, o realizador Antongiulio Panizzi convidou outra atriz não menos sensual e bombástica, Monica Bellucci, para interpretar o papel de uma atriz que faz um filme centrado no momento em que Ekberg rodou La Dolce Vita no documentário The Girl in the Fountain (A Rapariga na Fonte), que foi apresentado em novembro no Festival Internacional de Cinema de Turim. Uma escolha que espantou até Bellucci, pois, apesar de igualmente voluptuosa, é uma beldade morena tipicamente latina e Anita Ekberg, que morreu em 2015, tinha uma beleza loira tipicamente nórdica. Além disso, a atriz italiana tem hoje 57 anos, mais 28 do que a atriz sueca tinha então.