À semelhança do que aconteceu na primeira temporada, Bridgerton continua a ser um fenómeno de audiências da plataforma de streaming Netflix, girando agora a história em torno do romance entre Anthony Bridgerton, personagem interpretada por Jonathan Bailey, e Kate Sharma (Kate Sheffield nos livros de Julia Quinn, na qual a série se baseia), a quem Simone Ashley dá vida.
A atriz britânica já não era totalmente desconhecida do público quando foi escolhida para protagonizar esta segunda temporada da série que acompanha a alta sociedade britânica do século XIX: tinha dado nas vistas na série Sex Education, da mesma plataforma, e atualmente é considerada uma das jovens atrizes com maior projeção do Reino Unido.
De personalidade vincada e bastante ciosa da sua privacidade, Simone Ashley nasceu a 30 de março de 1995, em Camberley, Inglaterra, no seio de uma família de académicos indianos com origem tamil. Mostrou desde muito cedo talento para as artes e em casa foi incentivada a tocar piano e a cantar música clássica. De início, os pais hesitaram perante a sua paixão pela representação, mas Ashley seguiu o seu caminho e estudou na Escola de Teatro Redroofs School, em Mainhead, e mais tarde na Arts Educational School, em Londres. “Eles ainda acham a vida artística assustadora e perturbadora. Não há uma bola de cristal, uma segurança, uma garantia, o que pode ser o pesadelo de um pai, mas eles sabem que sou inteligente. Temos de ser os nossos próprios heróis e seguir o nosso instinto. Os meus pais são incrivelmente protetores comigo e cheguei a achar isso sufocante, o que me fez querer libertar-me e fazer as coisas à minha maneira. Fui um pouco rebelde nisso”, contou numa entrevista ao site Veylex.
Determinada a encontrar o seu lugar na representação, a jovem começou a carreira em 2016, com pequenas participações em séries e filmes, até integrar as duas grandes produções que lhe deram fama, destacando-se, aos 27 anos, como um dos talentos mais promissores da nova geração. A par do talento e da beleza exótica, a atriz, que é também uma apaixonada por moda, sempre foi muito consciente das suas origens e todos os dias luta para que estas não sejam um elemento diferenciador numa altura em que se fala tanto de inclusão. “Sinto-me incrivelmente privilegiada por fazer parte de uma geração em que as mulheres jovens de todo o mundo têm mais oportunidades do que nunca, em que são menos estereotipadas e onde os muros caem lentamente. (…) Acredito realmente em mim e nas outras mulheres de pele escura, especialmente as do Sul da Ásia. Somos inteligentes, talentosas e temos algo especial a oferecer como artistas”, defendeu na mesma entrevista.