Valentino Garavani, nome incontornável do mundo da moda, faz 90 anos esta quarta-feira, dia 11. Uma data em que se celebra a vida e também se recorda o seu trabalho ímpar e a forma como mudou o estilismo e o design nesta indústria, sempre tendo em conta a fisionomia do corpo e o luxo. “Não tenho culpa de amar a beleza”, é uma das suas frases de marca
Para celebrar esta ocasião, a cidade italiana de Voghera, local onde nasceu, está a homenageá-lo com uma exposição especial. São exibidos cerca de 50 dos seus desenhos, assim como croquis, arquivos de impresa, fotografias e outros documentos de grande relevância histórica.
Apesar da data especial, Valentino já afirmou que não vai comemorar com uma grande festa. Uma forma de mostrar o seu respeito pelas vítimas da guerra que está atualmente a acontecer na Ucrânia por conta da invasão da Rússia. Mas já garantiu que está entusiasmado com a exposição que está a ser feita em sua honra, garantindo que a vai visitar.
Tendo já passado o testemunho ao diretor criativo Pierpaolo Piccioli, Valentino é um homem respeitado pela marca que deixou na moda, um trabalho que o faz ser considerado por muito como uma lenda dentro do meio.
Criador de designs únicos, nos quais se destacaram os vestidos de alta costura usados por celebridades, figuras da aristocracia, socialites e até mesmo políticos.
Foi aos 9 anos que decidiu que o seu futuro passaria por desenhar roupas femininas, inspirado pelo filme “Ziegfeld Girl”, de 1941. Na adolescência deixou a terra natal e mudou-se para Barcelona, onde se encantou por uma mulher que usou um vestido vermelho na ópera. Essa passou a ser a sua cor de eleição e na qual se especializou. “Vermelho Valentino” é um dos clássicos dos seus desenhos.
Estudou na Escola de Paris de Belas Artes, onde teve a mentoria de Balenciaga, Jean Desses e Guy Laroche. Regressou depois a Roma, onde fundou o seu estúdio em 1959. Foi então que conheceu, Giancarlo Giammetti, que se tornou seu sócio. Uma parceria que já leva mais de 50 anos.
Durante a década de 1960 apaixonou o público com as suas criações que elevavam o carisma de uma mulher. Além do vermelho, que era uma referência da marca, adorava usar padrões com flores, bordados franceses, tecidos italianos e laços.
Dsenhou para Jackie Kennedy, a princesa Margarida, a princesa Madalena, Anne Hathaway e muitas outras figuras de destaque das mais diferentes áreas.
Em 1998 vendeu a marca para Gianni Agnelli. Reformou-se em 2007, mas nunca deixou de acompanhar de perto a empresa que fundou e foi muitas vezes visto na primeira fila de desfiles a aplaudir.
As suas criações são consideradas intemporais e desenhos mais antigos continuam a vestir personalidades da atualidade. Prova de que Valentino é um dos homens mais influentes no ramo.