Esta segunda-feira, dia 16, retomou o julgamento que opõe Amber Heard e Johnny Depp, num processo levantado pelo ator por difamação. No tribunal de Fairfax, na Virgínia, EUA, a atriz teve oportunidade de falar, sendo primeiro interrogada pela sua advogada e depois pela advogada do ex-marido.
Nas declarações que fez, Amber admitiu que falhou no pagamento de doações no valor de 3.5 milhões de dólares à American Civil Liberties Union (ACLU), apesar de no passado ter garantido tê-lo feito, mais do que uma vez. A atriz diz que foi impedida de o fazer devido ao facto de Depp a estar a processar. Recorde-se que esse montante faz parte de um acordo de 7 milhões de dólares que a atriz se comprometeu a doar após o divórcio, sendo que o dinheiro foi-lhe entregue pelo ex-marido como compensação.
Em 2018, Amber Heard apareceu num talk show onde disse que tinha doado a totalidade do valor, dividindo-o entre a ACLU e o um hospital pediátrico de Los Angeles. Em 2020 repetiu o mesmo no julgamento no Reino Unido que a opôs a Depp.
Agora, desmente as próprias afirmações e culpa o processo de difamação colocado por Depp em 2019 no valor de 50 milhões de doláres. “A minha intenção era doar todo o valor, mas para o fazer ele teria de parar de me processar”, disse.
Em sessões anteriores do tribunal, documentos comprovaram que Amber Heard apenas doou 1.3 milhões do valor total, até dezembro de 2018. Ainda assim, há indícios de quem nem todo o montante surgiu de contas da atriz, mas sim de outras, como de Elon Musk, seu ex-namorado.
Quando questionada pela própria advogada sobre o motivo de ter aceitado receber 7 milhões de dólares na altura do divórcio de Depp, Amber respondeu: “Não quero saber do dinheiro. Disseram-me que se não aceitasse o acordo tudo poderia mudar e nunca chegaríamos a consenso”. Alega que aceitou doá-lo à caridade por não querer ficar com o dinheiro do ex-marido. “Apenas me quero sentir segura e o meu futuro… quero que ele me deixe em paz. Digo isto desde 2016″.