Carolina Deslandes usou as redes sociais esta quarta-feira, dia 8 de junho, para partilhar uma reflexão sobre os comentários maldosos que recebeu desde que se tornou conhecida, aos 18 anos – durante a sua participação no programa “Ídolos” -, explicando que antes não tinha qualquer problema com o seu aspeto físico.
Na legenda de uma fotografia partilhada na sua conta no Instagram, onde aparece de biquíni à beira da piscina, a cantora falou ainda sobre como as críticas se intensificaram depois de ter sido mãe, pelas alterações que foi tendo no corpo, e, novamente, após separar-se do pai dos seus três filhos, Diogo Clemente.
“Nunca me achei feia. Até há uns anos nunca me tinha sentido feia ou envergonhada por me despir ou ir a algum lado – nunca. Nem na adolescência. Como o que me atraía nas pessoas era o cheiro, a fala e elas gostarem ou não de Chico Buarque, nunca pensei muito nisso sequer. As pessoas para mim sempre foram tão bonitas quanto eu as amava”, começou por escrever.
“Depois tornei-me conhecida do público, com 18 anos. E descobri que havia quem me achasse ‘horrível’ e ‘nojenta’, e que havia até gente que me odiava sem me conhecer, porque eu era insuportável. Depois fui Mãe e ouvi que ‘não é desculpa ser Mãe. Ela está assim porque é desleixada’ e eu com dois filhos com 11 meses de diferença, a arrastar-me de fato de treino e a tirar leite com a bomba e a pensar ‘como é que ninguém me avisou disto?’“, continuou, falando depois das críticas que recebeu após a separação.
“Depois separei-me e li em todo o lado: ‘Engordou e estava à espera de que? Nenhum homem atura esta gaja’, porque a culpa era minha, por ser gorda e por ter opiniões e por ser ‘esta gaja’. Depois comecei a namorar e passei a ser ‘libertina’, ‘sem noção’ e ‘desequilibrada’. É irónico pensar, que muitas das pessoas que me magoaram na vida, nunca falaram comigo ou se cruzaram comigo na rua”, referiu ainda, confessando que é em casa que encontra a tranquilidade de que necessita.
“É também libertador chegar a uma idade onde descobrimos o prazer do recato. O prazer da nossa casa, da nossa família, das nossas pessoas e entendemos que esse colo é o maior colete à prova de bala que podemos usar na vida. As palavras feias não entram no meu quintal. Aqui erguem-se copos e livros à libertina, linda, e livre mulher que sou”, concluiu.