Com formação académica na área das finanças e gestão, Patrícia Boura começou por se dedicar profissionalmente à auditoria e finanças, tendo passado por empresas como a Blockbuster ou a Mandala, que produziu o programa Contra Informação. Há oito anos decidiu abraçar a gestão da Fundação do Gil e, por saber que os projetos sociais têm de ser sustentáveis para que possam eles próprios abraçar mais necessidades, tem vindo a desenvolver uma série de modelos de negócio que ajudem a financiar a fundação. “Todos devemos interagir positivamente na construção de uma sociedade melhor”, defende a presidente executiva da fundação que, além da conhecida Casa do Gil, que acolhe crianças em risco dos zero aos 12 anos, apoia também 700 crianças doentes crónicas ou com necessidades paliativas, levando-lhes o hospital a casa, para que possam receber os tratamentos de que precisam na tranquilidade do seu lar. Foi precisamente para conseguir suportar os custos destes projetos sociais que nasceu a Casa do Jardim, um espaço que pode ser alugado por empresas ou particulares para encontros de trabalho ou festas de aniversário, gerando assim receitas para a fundação, e em breve será construída uma clínica de saúde mental infantil, que, além de ajudar as crianças da Casa do Gil, estará aberta ao público e terá bolsas sociais para quem não tem condições financeiras para suportar os custos das consultas e terapias. Foi precisamente nos jardins da fundação, situada na Avenida do Brasil, em Lisboa, que agendámos o nosso encontro com Patrícia Boura e ficámos a conhecer melhor os desafios da instituição que gere.
Uma entrevista para ler na edição n.º 1400 da revista CARAS ou em edição digital.