Joana Garoupa, de 46 anos, cresceu numa família de militares, com um apurado sentido de disciplina e rigor e a saber que há coisas que não se questionam. No entanto, ser a única rapariga entre três irmãos deu-lhe um “estatuto” diferente: “A disciplina e o bom aproveitamento escolar eram iguais para todos, mas sempre senti maior margem de manobra face aos meus irmãos, mesmo em relação ao mais novo, que veio tirar o meu ‘reinado’. Como era rapaz, não me fez muita sombra”, diz com humor.
Confessa ainda que não era uma aluna de excelência e que só na faculdade, no curso de Comunicação Empresarial, começou a tirar boas notas. Cedo chegou a cargos de chefia, o último dos quais na Galp, onde foi diretora de Comunicação e Marketing. O foco numa carreira bem-sucedida levou-a a adiar a maternidade. Quando decidiu fazê-lo, já era tarde. Ainda passou por tratamentos de fertilidade, mas quis o destino, em que Joana acredita, que o seu caminho não passasse por ali. Entrou num processo de adoção, que diz ter tanto de duro como de bonito. Ainda assim, e por ter visto o seu casamento chegar ao fim, não realizou o sonho de ter um filho. Reorganizou as suas prioridades e hoje não se arrepende das escolhas que fez.
Recentemente, a sua vasta experiência no mundo corporativo levou-a a escrever um livro: Manual de Sobrevivência para o Mundo Corporativo. Foi com ele à nossa frente que começámos esta conversa.
Uma entrevista para ler na edição n.º 1401 da revista CARAS.