
Tem sido a pulso e por mérito que Margarida Bakker, de 26 anos, tem trilhado o seu caminho na representação, sem se “encostar” aos nomes dos pais, a atriz Alexandra Lencastre e o diretor-geral da Plural Entertainment Portugal, Piet-Hein Bakker. Apaixonada pelo teatro, é nas tábuas que se tem construído e desconstruído, um processo difícil mas gratificante. “Tenho feito projetos que me desafiam. Também gosto de trabalhar assuntos polémicos. Tenho uma personalidade rebelde, quase adolescente, um espírito que nunca vai morrer em mim. Gosto de enfrentar os meus medos e de canalizar as emoções para a arte. Para mim, a arte é violenta, porque me confronta com uma série de fantasmas, mas também muito terapêutica, o que me faz muito bem. Saio do teatro, fumo o meu cigarro, bebo a minha cerveja e fico em paz”, contou a atriz na apresentação da temporada 2022/2023 do Teatro da Trindade, em Lisboa, palco ao qual vai subir com a peça Blasted, em março.
A apostar na sua carreira, Margarida partilha o sonho de se internacionalizar, contando para isso com a sua imagem, como revela, a brincar: “Adorava ir lá para fora. Qualquer ator quer ter outras experiências e acesso a novas formas de trabalhar. Muitos já me chamam ‘a bifa portuguesa’. Pode ser que, nem que seja pela imagem, tenha uma oportunidade. Estou a batalhar para isso.”