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Quando abriu com o então marido, o decorador Luís Pinto Coelho, o Procópio Bar, em maio de 1972, Alice Pinto Coelho estava longe de imaginar que esse espaço ficaria na história do país. Situado perto do Jardim das Amoreiras, em Lisboa, este bar vintage foi cenário de tertúlias e conluios protagonizados por alguns dos maiores vultos políticos, culturais e intelectuais do país antes e no pós-revolução, como Mário Soares, José Cardoso Pires, Francisco Sá Carneiro, Raul Solnado e Nuno Brederode Santos, entre tantos outros e outras que tinham neste espaço uma verdadeira sala de estar.
No lugar de anfitriã, contra preconceitos e mexericos, Alice recebeu cada um como se estivesse em casa, com simpatia e curiosidade, mas também com mão forte, nunca permitindo abusos.
Os tempos mudaram, as tertúlias perderam o seu fulgor, os vultos foram morrendo, a concorrência dos bares da moda fez-se sentir e a pandemia abanou o negócio de décadas, mas as portas continuam abertas para os jovens e menos jovens, um espaço que se faz de memórias mas que brinda ao presente, agora com as filhas dos fundadores, Sofia e Maria João Pinto Coelho.
Uma entrevista para ler na edição n.º 1402 da revista CARAS.