Hayden Panettiere, de 32 anos, admitiu vício em opioides e bebidas alcoólicas. Em entrevista à revista “People”, a atriz norte-americana falou sobre este tema, confessando que se trata de algo que lhe prejudicou não só a carreira, como também a vida pessoa.
“Estava no topo e estraguei tudo. Acho que bati no fundo do poço, mas felizmente houve uma porta que se abriu”, diz, confessando que precisou de pedir ajuda para recuperar. “Esforcei-me muito e tive de me comprometer em ser completamente honesta sobre isto”, continua, explicando que passou por terapia e outros tipos de tratamentos ao longo dos últimos tempos. “Não tem sido fácil, há muitos altos e baixos. Mas não me arrependo de nada do que aconteceu na minha vida. Sinto que tive uma segunda oportunidade”.
A atriz admite que tudo começou quando tinha 15 anos. Uma pessoa com quem trabalhava oferecia-lhe “comprimidos felizes” antes de desfilar em passadeiras vermelhas. “Era para me tornarem mais extrovertida durante as entrevistas”, conta. “Não fazia ideia de que er algo inapropriado ou o que poderia vir a fazer no processo de adição”.
Depois disso, o consumo de opiáceos e de álcool tornou-se comum. “Felizmente conseguia continuar a trabalhar mesmo nesse estado. Mas as coisas começaram a ficar fora de controlo. Com os anos, as drogas e o álcool tornaram-se algo sem o qual não conseguia viver”.
Em 2014, quando engravidou de Kaya, Hayden sentiu a sua situação a piorar. “Foram tempos duros”, admite ela, que lidou com depressão pós-parto e acabou a fazer tratamento. Mas a dependência não dimininui. Pelo contrário, ficou mais intensa. A relação com o companheiro, Klitschko, foi-se degradando.
“Eu não queria estar comigo. Mas com as drogas e o álcool estava a fazer algo para ter momentos felizes. Depois ficava pior do que estava anteriormente. Era um ciclo de auto-destruição”, recorda. Hayden confessa que 2018 foi o seu pior ano. Tomou a decisão de entregar a filha ao pai, que se mudou para a Ucrânia. “Foi a coisa mais difícil que alguma vez fiz. Mas queria ser uma boa mãe para ela – e por vezes isso significa deixar ir”. O consumo aumentou e a atriz foi internada com icterícia. “Os médicos disseram-me que o meu fígado estava a desistir”.
Foi então que decidiu entrar num programa de reabilitação. Esteve internada durante oito meses e afirma que esse período foi fundamental para recuperar e encontrar paz interior. “Estou grata por fazer novamente parte deste mundo, não volto a tomar nada por garantido”, afirma.