A decisão de recorrer a uma interrupção voluntária da gravidez raramente é tomada de forma leviana. Uma mulher que decide não avançar com uma gravidez fá-lo porque acredita ser essa a melhor opção. Tendo em conta que, em última instância, se trata do seu corpo, a decisão deveria caber única e exclusivamente à mulher. No entanto, este direito, que estava consagrado na lei norte-americana desde 1973, acaba de ser revogado pelo Supremo Tribunal, deixando o mundo incrédulo. Michelle Obama não tardou em partilhar publicamente o seu desagrado. “Estou destroçada pelas mulheres que perderam o direito fundamental a tomar decisões informadas sobre os seus próprios corpos”, escreveu a antiga primeira-dama num longo comunicado no Twitter, lembrando: “Esta decisão horrível vai ter consequências devastadoras. Este momento é difícil, mas a nossa história não acaba aqui. Pode parecer que não podemos fazer muita coisa agora, mas podemos. E devemos.” A também antiga primeira-dama Hillary Clinton frisou que é “um retrocesso nos direitos das mulheres e nos direitos humanos”, sublinhando que “a decisão de ter um filho é uma das decisões mais sagradas que existem, e essas devem continuar a ser tomadas entre os pacientes e os seus médicos”. A decisão do Supremo Tribunal permitirá que os Estados norte-americanos passem a proibir os abortos, criminalizando quem os fizer com penas até dez anos de prisão, sem exceções para casos de violação ou incesto.
Michelle Obama e Hillary Clinton unidas na luta pelo direito ao aborto
As antigas primeiras-damas dos EUA mostram-se indignadas com o retrocesso na lei com 49 anos.
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