
António Pedro Cerdeira não tem mãos a medir no que toca a trabalho. Entre novelas, séries e peças de teatro, o ator confessa que são poucas as vezes em que está desocupado, o que não quer dizer que não tenha sempre presente a precariedade da profissão. “A verdade é que não gosto de estar muito tempo parado, sem trabalho, pois chega uma altura em que já não sabes se estás de férias ou desempregado. Felizmente não me posso queixar muito, tenho tido sempre trabalho com regularidade. Fiz uma série para a RTP, outra para a Opto, agora estou a gravar a nova novela da SIC e mais para o final do ano terei duas peças de teatro. Sou daquelas pessoas que se sente feliz a trabalhar”, explicou o ator, com quem conversámos na inauguração do Instituto Karina Leite.
Se a vida profissional lhe corre de feição, a vida amorosa, desabafa, tem tido os seus altos e baixos e agora, depois de sete anos juntos, o ator e Susana Silva estão numa fase de avaliação e ponderação sobre a união. “Estou numa fase mais solitária. São opções de vida. Não estou bem separado, mas estamos a avaliar o que ambos queremos e se pretendemos continuar juntos ou não”, confidencia.
Ainda assim, António Pedro Cerdeira diz que se sente tranquilo, pois aceita estas fases menos boas: “As relações têm o desgaste dos anos e às vezes é bom ter um tempo para respirar. Talvez seja a chamada crise dos sete anos… Somos amigos e a amizade é o que prevalece. Agora estamos a dar tempo ao tempo. Não há outras pessoas, não há nada em concreto, mas às vezes é bom avaliar o que queremos. Gosto de viver só, da minha solidão. Não sei se tem a ver com a idade, mas vivo muito bem sozinho com os meus cães. Claro que isto tem uma carga de egoísmo, mas é assim… A verdade é que estou ótimo e sinto-me numa fase muito boa a nível pessoal e profissional.”
Aos 52 anos e, como ele próprio diz, cada vez mais confortável na sua pele, o ator contou-nos ainda porque decidiu submeter-se, há três meses, a uma blefaroplastia: “Não gosto propriamente de envelhecer e felizmente acho que não estou mal para a minha idade, mas já sentia as pálpebras descaídas, o que me deixava com os olhos semicerrados. Fiquei muito satisfeito com o resultado, o objetivo não era parecer mais novo, mas sim sentir-me bem. Sabendo que o meu trabalho também vive da imagem, tenho de ter alguns cuidados. Se tenho cuidado com o que como, se pratico exercício, faz sentido que tenha também outro tipo de cuidados. Gosto de olhar ao espelho e sentir-me bem.”