Na véspera do encontro promovido pela rainha Camilla, Olena Zelenska foi recebida por Akshata Murty, mulher do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em Downing Street, onde, simbolicamente, a ajudou a pendurar uma decoração na árvore de Natal.
A primeira-dama da Ucrânia fez esta visita ao Reino Unido para discutir a violência sexual durante a guerra no seu país, no âmbito de uma conferência que reuniu representantes de cerca de 70 países para equacionar o combate a este tipo de crimes.
No seu discurso, a mulher de Volodymyr Zelensky afirmou que a violência sexual tem sido usada “sistemática e abertamente” pelas forças russas como arma de guerra, classificando-a como “a forma mais cruel e animalesca de exercer controlo sobre outra pessoas”, e garantiu que as próprias mulheres dos militares russos os incentivam a fazê-lo, pelo que adiantou que já foram iniciados pelas autoridades ucranianas mais de 40 processos criminais de violência sexual cometida durante esta guerra. Sublinhando que o número real é certamente muito superior, Olena Zelenska salientou a importância de reconhecer estes atos como crimes de guerra e levar os responsáveis a enfrentar a justiça. “Infelizmente, as sobreviventes permanecem muitas vezes em silêncio. Mas, quando estiverem prontas para falar, temos de assegurar que têm acesso a assistência jurídica profissional gratuita e a qualquer tipo de apoio de que possam necessitar”, defendeu.