Stefano Casiraghi morreu em 1990, deixando a princesa Carolina do Mónaco viúva aos 33 anos, com três filhos muito pequenos – Andrea tinha seis anos, Charlotte quatro e Pierre três –, pelo que se tornou uma mãe especialmente protetora e focada na vida deles. Agora, Charlotte, de 36 anos, que sempre se pautou pela discrição no que diz respeito à sua privacidade, aceitou dar uma entrevista para a edição de dezembro/janeiro da revista britânica Town&Country, da qual foi capa, e, apesar de não se revelar demasiado, falou um pouco da sua relação “complexa” com a mãe e até da sua experiência da maternidade. E o que diz sobre a princesa monegasca dá a noção de que esta terá sido um pouco obsessiva.
“Gosto de guardar silêncio sobre a minha relação com a minha mãe e não pretendo revelar tudo o que se passa entre nós, mas é sempre ambivalente. Sinto que mesmo quando temos os nossos próprios filhos continuamos a ter que lutar pelo nosso próprio espaço [em relação às mães]”, refere, adiantando que isso mudou um pouco quando teve filhos. “Claro que há mais empatia. Quando nos tornamos mães, a nossa própria mãe deve aceitar que a partir daí deixa de ser a única mãe. E isso é muito libertador. Muitas mulheres sentem essa força de poderem dar à luz e de que isso não seja algo que devam às suas mães. Como tal, obviamente, isso muda o olhar delas”, explicou.
“Todos os dias há momentos em que nos preocupamos com os nossos filhos e pode ser esgotante.”
No que diz respeito à sua própria experiência como mãe de Raphäel Elmaleh, de nove anos, nascido da sua relação com o comediante francês Gad Elmaleh, e Balthazar Rassam, de quatro, do seu casamento com o produtor de cinema francês Dimitri Rassam, diz que um dia em casa da família Casiraghi-Rassam “não é muito emocionante ou diferente do de tantas outras famílias”, e confidencia: “Creio que todos os dias têm momentos difíceis e maravilhosos. Todos os dias há momentos em que nos preocupamos com os nossos filhos e pode ser esgotante, e depois há outros que compartilhamos com eles em que nem sequer questionamos o facto de que são o mais importante da vida.”E referiu ainda que ter o público interessado na sua vida “não é necessariamente uma coisa de que tenhamos de nos orgulhar ou que nos sufoque”. Por isso mesmo, assegura: “Não podemos dar demasiada importância ao que as outras pessoas pensam de nós, o que significa que se vou a um restaurante e há pessoas a olhar para mim, de alguma maneira eu simplesmente não as vejo. Caso contrário, isso asfixia-nos.”Considerada uma das mulheres mais bonitas e bem vestidas da sua geração e musa da Chanel desde muito cedo – Karl Lagerfeld tinha em Carolina do Mónaco uma das suas grandes inspirações e transferiu isso para a filha da princesa –, nesta produção para a Town&Country Charlotte vestiu exclusivamente peças da grande casa de moda francesa. Aliás, a sua relação com a Chanel é de tal forma forte que no passado mês de janeiro participou, a cavalo, no desfile da coleção de alta-costura da marca.
Fotos: Getty Images