Heitor Lourenço cresceu na Serra da Estrela, numa casa isolada, e das recordações que transporta da infância fazem parte os momentos em que ficava só e se deixava perder nos seus pensamentos durante muito tempo. Aos 55 anos, o ator continua a dar muito valor ao tempo que passa sozinho – não em solidão, como faz questão de diferenciar – explorando o seu mundo interior. Foi, aliás, esse um dos motivos que o levou a escolher formar-se em Psicologia, curso que conciliou com aquela que é a sua grande paixão, o mundo artístico.
Ator com créditos firmados no teatro, no cinema e em televisão, somados ao longo de mais de 30 anos de carreira, Heitor é ainda conhecido por seguir a filosofia budista há mais de duas décadas, tendo conhecido o líder espiritual Dalai Lama numa das várias viagens que já teve oportunidade de fazer à Índia, assim como ao Butão e ao Nepal. Foi num dos refúgios que procura com frequência para momentos de reflexão, os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que marcámos encontro com o ator, que a atriz Margarida Marinho diz ter “o sorriso do tamanho do mundo e um coração ainda maior”. A conversa começou a propósito de um livro que Heitor lançou recentemente, O Cão que Leu, cujos lucros revertem na totalidade para a Associação Animais de Rua e para a Quinta das Águias.
Uma entrevista para ler na íntegra na edição 1430 da revista Caras, também disponível em edição digital.