É de sonhos que se faz esta conversa. De um sonho maior, fruto de um amor também ele maior. Maior do que o tempo e maior do que a própria vida. É assim, nesta equação sem fim – porque é essa a premissa de todas as grandes histórias de amor –, que se tecem os sorrisos que inundam os rosto de Mia Relógio, influenciadora digital, e Diogo Beja, animador de rádio, enquanto olham para a filha, Emília. Um olhar profundo e emocionado que diz muito sobre tudo o que o casal tem vivido desde que sonharam esta bebé. Dois meses e meio depois do seu nascimento, Mia e Diogo – que tem uma filha mais velha, Matilde, de 14 anos – falaram com a CARAS, naquela que é a primeira entrevista que dão desde que foram pais, e partilharam mais um bocadinho desta união, que se tornou ainda mais forte.
“Já tinha sonhado muito com tudo isto, mas nos meus sonhos não tinha conseguido chegar a tamanha perfeição.” (Mia)
– Alice Ruiz escreveu que “depois que um corpo comporta outro corpo, nenhum coração suporta o pouco”. Como tem sido sentir o seu coração a crescer ao ritmo a que cresce o seu amor pela Emília?
Mia Relógio – Tem sido absolutamente incrível, desafiante e mágico. É viver todos os clichés da vida, porque isto é, sem dúvida, o melhor da vida. É um amor que, de tão intenso, se torna difícil de explicar.
– Concorda com esta frase de Alice Ruiz, que contempla um coração de mãe que se agiganta com o nascimento de um filho e onde, de repente, já não cabem as miudezas da vida?
– Senti muito isso no imediato em que a Emília nasceu, como se mais nada fosse importante ou tão importante. É um sentimento arrebatador e uma bênção enorme que a vida me deu. Ser mãe, apesar do enorme desafio que tem sido, trouxe-me outra leveza em relação à vida.
– Há uma contemplação que surge diferente em relação a muito do que vivemos no dia a dia quando temos o nosso bebé no colo?
– O tempo para. De repente, somos só nós, o mundo fica lá fora, em segundo plano. O colo é amor, e eu namoro muito a minha filha. Todos os dias penso: ela é mesmo minha e fruto do nosso amor! Adoro tê-la ao colo, enchê-la de beijinhos, sorrir-lhe ou simplesmente observá-la em silêncio quando dorme… É a melhor coisa da vida.
Diogo Beja – É um desafio, porque ela é tão fofinha que dá vontade de a apertar muito, muito, muito… E não podemos [sorri]. Mas aperto-lhe as bochechas quando a tenho ao colo… E quando não tenho também.
“Tenho um orgulho enorme na mulher que sempre foi e na mãe que é.” (Diogo)
– Sei que sonharam muito com este momento. O que têm vivido nestes dois meses supera largamente todos esses sonhos?
– Quando ela nasceu, o sonho cruzou-se com a realidade e não podia ser mais perfeito. Mal a vimos, sentimos um amor maior do que poderíamos imaginar.
Mia – Já tinha sonhado muito com tudo isto, mas nos meus sonhos não tinha conseguido chegar a tamanha perfeição.
– E como têm sido estes dois meses vividos a três?
– Exigentes, mas ótimos. Uma autêntica descoberta, vivemos para este ser pequenino.
Diogo – Somos os tarefeiros da Emília. É tudo muito repetitivo, é verdade, mas já chegámos àquela fase em que notamos muita diferença de dia para dia. Cada vez é uma descoberta maior. E os nossos olhos brilham muito quando olhamos para ela. Tenho muitos momentos emotivos ao longo do dia, porque penso que ela é mesmo um milagre e é só a coisa mais bonita do mundo.
– O que descobriram, enquanto casal, nesta nova dinâmica familiar?
Mia – Que fazemos uma grande equipa. Somos muito organizados e atentos às questões da Emília. E somos felizes nas coisas básicas e até chatas do dia a dia, como mudar as fraldas. Sim, andamos mais cansados, mas mais felizes.
– A Mia disse várias vezes que tinha a certeza de que o seu amor pelo Diogo ia tornar-se ainda maior quando o visse com a Emília ao colo. Confirmou-se?
– Claramente. Esse momento aconteceu ainda no hospital, e sempre que tenho a oportunidade de apenas observar esse quadro familiar tão bonito, a filha ao colo do pai, todo o amor cresce. A Emília trouxe uma magia ainda mais bonita a este amor que nos une.
– O que a tem surpreendido mais na maternidade?
– O facto de eu ser muito ansiosa fez-me sempre achar que iria viver a maternidade com muitos receios e até algum stress. Por incrível que pareça, vivi a gravidez com muita tranquilidade e mesmo agora, ultrapassados os primeiros momentos mais difíceis, sinto que sou uma mãe descontraída. Depois, há esta magia incrível do instinto maternal. Por mais cansada que esteja, mal a Emília dá um sinal durante a noite, acordo imediatamente. A maternidade é uma aprendizagem diária, nem sempre sabemos se estamos a fazer tudo da forma mais correta, mas se colocarmos amor e se dermos o nosso melhor, seremos sempre as melhores mães para os nossos filhos.
“Ser mãe, apesar do enorme desafio que tem sido, trouxe-me outra leveza em relação à vida.” (Mia)
– Está a viver esta fase como esperava?
– Confesso que o início foi mais duro do que eu pensava. O final da gravidez foi bastante complicado e cheguei ao momento do parto muito cansada, tanto física como psicologicamente. O apoio do Diogo foi fundamental para conseguir fazer as primeiras coisas ao chegar a casa. A mudança do corpo, a subida do leite, a recuperação do parto e as noites mal dormidas, além das hormonas, são uma loucura. É importante ter algum apoio nesta fase, senti uma bipolaridade enorme em muitos dias, como se estivesse a viver o melhor da vida e ao mesmo tempo sem saber para onde me virar.
– Como tem sido conhecer-se nesta nova versão de si mesma?
– Acho que tenho conseguido fazer um bom equilíbrio. A Emília tornou-se a maior prioridade da minha vida, mas não me fez descurar outras, quer pessoais, quer profissionais. E é importante saber viver isso sem culpa. Sou muito feliz no meu papel de mãe, mas também a trabalhar. É um acrescento ao que eu já era. Mais um papel que tenho de desempenhar, o mais importante e mais bonito da minha vida.
Diogo – Uma mulher passa por várias etapas durante a gravidez e, quando nasce o bebé, é uma fase delicada. Em muitos casos pode haver a tendência de as mulheres se anularem, porque é um equilíbrio difícil, mas a Mia fez essa transição de forma muito natural. Continuo a olhar para ela e a ver a mulher linda e sexy que sempre foi. Mal a Emília nasceu, a Mia tornou-se mãe, adaptou-se muito bem a esta nova vida. Tenho um orgulho enorme na mulher que sempre foi e na mãe que é.
“Tenho muitos momentos emotivos ao longo dia, porque penso que ela é mesmo um milagre.” (Diogo)
– Vocês já sentiam que o amor tudo pode. Mas agora, enquanto olham para a vossa Emília, sabem realmente que o amor é a força maior?
– O amor é sempre a solução, e depois tem estes passos de felicidade que se vão acumulando ao amor que já temos.
Mia – Houve um momento em que senti este amor a crescer de uma forma única: quando, deitada à espera da cesariana, o Diogo me deu a mão na sala de partos. Tive a clara noção de que daí a poucos minutos iríamos conhecer a nossa filha e foi um momento muito forte e especial. Queríamos muito isto e passámos por muito até chegar aqui… E agora somos os dois a tomar conta dos três. Nós, que sempre cuidámos um do outro, continuamos a fazê-lo, cuidando também da nossa filha. Tenho muito orgulho em nós e no nosso caminho.
“Mal vimos a Emília, sentimos um amor maior do que poderíamos imaginar.” (Diogo)
Produção: Patrícia Pinto
Maquilhagem: Ana Filipa Pereira
Agradecemos a colaboração de Estoril Vintage Hotel, Fred Perry e Loja das Meias