No Dia Mundial do Teatro vários atores com provas dadas e carreiras marcantes foram condecorados pela Junta de Freguesia de Santo António e a Câmara de Lisboa. Alexandra Lencastre, de 57 anos, fez parte desse grupo de artistas e mostrou o seu contentamento por, a partir deste momento, ter o seu nome escrito em calçada portuguesa no passeio da Praça da Alegria. “Ter esta honra é um misto de orgulho, mas também de dever. Recebo esta homenagem com muita humildade e foi com emoção que vi o meu nome no chão com esta relevância. E, como disse o Vítor Norte, não há melhor praça do que a da Alegria para termos o nosso nome, pois é com alegria que trabalhamos no que gostamos”, confessou na ocasião.
A atriz revelou ainda que esta cerimónia a fez recordar-se do fado de Amália Povo que Lavas no Rio. “O facto de o nosso nome estar no chão e sermos pisados lembra-nos que esta é uma profissão complexa. Hoje somos adorados e acarinhados, amanhã criticados. Passamos por tudo quando trabalhamos, mas, seja mais doloroso ou não, cada papel tem de ser uma entrega autêntica”, referiu ainda.
Neste evento especial, Alexandra Lencastre teve ao seu lado o pai, Jacinto Teodósio Pedrosa, e a filha mais velha, Margarida Bakker, que escolheu seguir a profissão da mãe. Apesar de estar magoada num pé, depois de ter sofrido um acidente em palco, a jovem atriz, de 26 anos, sentiu que tinha de estar presente. “A Margarida anda cansadíssima com a peça, mas percebeu que, se não viesse, eu ficava triste. O meu pai foi uma surpresa, porque ele odeia estas coisas, no entanto, o núcleo familiar está cada vez mais pequenino e ele veio. Claro que, crítico como é, andou a ver os nomes e, por fim, lá disse que o meu estava muito bem exposto”, contou, divertida.